Translate

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Semana do Pimentão, em Planaltina, celebra a produção recorde da hortaliça

 
 
Mercado do Distrito Federal abastece a região e ainda exporta o excedente. Em 2013, a venda movimentou R$ 10 milhões e gerou 500 empregos diretos


Correio Braziliense


Clara Campoli


Há oito anos, Guilherme deixou Unaí (MG) em busca de nova atividade profissional: "Com certeza foi uma boa decisão"


Da terra vermelha e seca do Distrito Federal, sai toda a produção de pimentão para abastecer Brasília. A autossuficiência se estende para o comércio interestadual: boa parte da lavoura vai, semanalmente, para Goiânia e Anápolis (GO). O negócio, tocado por agricultores familiares em núcleos rurais de cidades do DF, será celebrado em agosto na Semana do Pimentão, em Planaltina. O evento, diferentemente da Festa do Morango, de Brazlândia, é voltado para a instrução de produtores de hortaliças. Na programação, além dos tradicionais shows e concursos, aulas de conservação e técnicas de plantação. A semana vai de 13 a 16 de agosto.

Mesmo com a proximidade da festa, o trabalho diário segue normalmente e sem interrupções, segundo o agricultor Guilherme Rodrigues Oliveira, 44 anos. “Quem trabalha com terra sabe: fica escravo da horta. Aqui, não tem feriado, não tem folga, não tem férias. Tem que estar aqui todos os dias para cuidar”, afirma. Ele produz várias hortaliças além do pimentão, mas em menor quantidade. “Não posso dizer que gosto de comer, mas é a minha maior plantação. Cuido de mais de 20 mil pés”, comenta. Para não faltar para as feiras brasilienses, ele mantém a produção em três estágios diferentes, garantindo que a produção semanal siga a pleno vapor.

Guilherme saiu da terra natal, Unaí (MG), em busca de uma nova profissão. Lá, trabalhava com cuidados de gado, mas preferiu tentar a vida como agricultor em Brasília. No Núcleo Rural Taquara, ele conseguiu comprar uma casa e um pedaço de terra. “Com certeza foi uma boa decisão. Com a agricultura, o manejo é mais fácil, não preciso acordar de madrugada, o dinheiro é melhor. A vida aqui é mais cara, mas ganho mais. Trabalhei por 22 anos como cuidador de gado, mas não consegui juntar muita coisa. Aqui, em oito anos, tenho uma casa e a minha produção”, pondera.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário