Incidente ocorreu em um shopping da Asa Norte, em 2012, quando a funcionária de um cinema não deixou o homem furar a fila do estabelecimento
Isa Stacciarini
Publicação: 21/08/2014 08:29 Atualização:
As investigações revelaram que Heverton acumulava várias acusações por injúria, conforme publicou o Correio |
O crime aconteceu em 29 de abril de 2012, quando o médico Heverton Menezes, então com 62 anos, chegou à bilheteria do cinema atrasado para comprar o tíquete do filme Habemus Papam. Ele queria passar à frente das pessoas que estavam na fila. Diante da recusa da bilheteira Marina dos Reis, com 25 anos à época, o homem se irritou e agrediu verbalmente a moça. “Seu lugar não é aqui, lidando com gente. Você deveria estar na África, cuidando de orangotangos”, disse o médico. Quem estava no local se revoltou com os insultos. Eles acionaram os seguranças do centro comercial e o médico fugiu correndo.
Segundo a juíza, a forma com que o homem destratou a vítima demonstrou um sentimento de superioridade tanto em relação a cor da pele quanto pela condição social. A magistrada destaca também que a repercussão do caso na mídia mostrou o sentimento de indignação coletiva diante da conduta abusiva do médico. “Tal comportamento é altamente reprovável, notadamente nos dias de hoje, em que o ordenamento jurídico é visto à luz dos direitos humanos. (...) A proteção conferida à dignidade da autora, nesse sentido, encontra respaldo não somente no nosso ordenamento jurídico, mas também nos protocolos de direito internacional”, define.
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