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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Endomicroscopia confocal é usada no diagnóstico de câncer no intestino


A técnica é capaz de obter imagens de alta resolução da camada mucosa do trato gastrointestinal (do esôfago ao reto)

Correio Braziliense

Silas Scalioni

Belo Horizonte — O intestino é formado por duas grandes regiões: uma parte mais fina, o delgado, relacionada à digestão e à absorção dos alimentos; e o grosso, responsável pela absorção da água, pelo armazenamento e pela eliminação dos resíduos da digestão. O câncer no intestino delgado é bastante raro. Porém, no grosso, ou cólon, a doença é bem mais frequente. Uma nova forma de diagnóstico e prevenção da doença. Trata-se da endomicroscopia confocal, capaz de obter imagens de alta resolução da camada mucosa do trato gastrointestinal (do esôfago ao reto).

A técnica baseia-se na iluminação da mucosa com um laser, que é absorvido por um agente fluorescente, sendo a luz depois refletida para a captura das imagens, que ficam mais nítidas e aumentadas. “Fazemos um exame em tempo real com a vantagem de a análise ser em nível celular, como num microscópio convencional. É uma técnica não invasiva que detecta com toda a segurança várias doenças”, afirma José Luis Paccos, endoscopista do Hospital Sírio Libanês. O exame é feito com o mesmo aparelho de endoscopia.

O médico ressalta que a técnica, ao atuar em nível celular, permite detecção bem mais precoce do câncer, evitando assim tratamentos mais pesados, como químio e radioterapia. Devido à ótima precisão, no caso de retirada de material para biópsia, consegue-se escolher com extrema capacidade apenas o que realmente precisa ser extraído, além de identificar também outras doenças inflamatórias. As principais contraindicações do exame são gravidez, asma, insuficiência renal e antecedentes de alergia aos produtos utilizados no procedimento.

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