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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Banco de Leite faz campanha para aumentar estoque mensal de doações


Coleta precisa crescer em 30% para atender à demanda


Correio Braziliense


Ariadne Sakkis

Às vésperas da comemoração do Dia Mundial da Amamentação, no próximo dia 1º de agosto, o Banco de Leite do Distrito Federal precisa de doações. Desde o início do ano, a média mensal de coleta tem sido de 1,4 mil litros de leite, mas os estoques não são suficientes para atender à demanda. Por isso, o órgão está fazendo uma campanha para elevar o volume de doações em até 30%, chegando a 1,8 mil litros a cada mês.

“Agradecemos muito o gesto dessas mães. Qualquer doação é importante, não importa a quantidade”, afirma Miriam Santos, coordenadora do Banco de Leite do DF da Secretaria de Saúde. O material, uma vez testado e pasteurizado, é utilizado para alimentar bebês internados nas unidades de terapia intensiva (UTI) neonatais da rede pública. “O leite pode ser usado por até seis meses após a pauterização, mas rodamos os estoques em um mês”, completa Miriam.

Doar é fácil e a coleta pode ser feita em casa, desde que observados os critérios de segurança e higiene. Quase 95% do leite que chega ao banco é retirado na casa das doadoras. As instruções para o procedimento correto e os telefones dos bancos de leite da cidade podem ser conferidos aqui.

Dia Mundial da Amamentação

Para celebrar o dia Mundial da Amamentação, a Secretaria de Saúde preparou uma semana de atividades, que começam na próxima sexta-feira (1/08). O principal evento ao público acontece no domingo (3/08), no estacionamento do Parque Ana Lídia, no Parque da Cidade. Além de informações sobre os benefícios da amamentação para o desenvolvimento das crianças, haverá oficinas de automassagem em gestantes, shantala, aferição de pressão, orientações de nutrição para grávidas, bem como atividades voltadas ao público infantil. A comemoração vai de 9h às 13h.

Câncer escapa da barreira cerebral; estudo pode auxiliar o tratamento


Células tumorais saem da cabeça e chegam à corrente sanguínea de pacientes com glioblastoma uniforme

Correio Braziliense


Vilhena Soares
 
O glioblastoma uniforme é o tumor maligno cerebral de maior incidência entre adultos. Até então, acreditava-se que os mecanismos de proteção da cabeça impediam que as células doentes se espalhassem pelo resto do corpo. Porém, um estudo publicado na edição desta semana da revista Science Translational Medicine mostra que essa barreira não é totalmente eficaz. Investigadores da Alemanha descobriram que há pessoas com esse tipo de câncer que têm células cancerígenas também na corrente sanguínea. O estudo poderá auxiliar em tratamentos contra a doença e na triagem desses pacientes como doadores de órgãos.

“Havia apenas um relatório que abordava essa questão. Ele foi publicado há 10 anos, mas o estudo não conseguiu detectar células do glioblastoma no sangue periférico provavelmente por causa da tecnologia insuficiente e do número baixo de doentes analisados”, conta Carolin Müller, uma das autoras do novo estudo e pesquisadora do Centro Médico da Universidade de Hamburgo-Eppendorf. Segundo Müller, na investigação da qual ela fez parte, foi usada uma técnica mais sensível, que permitiu a detecção eficaz das amostras analisadas.

Trata-se da biópsia líquida. Anticorpos de defesa do glioblastoma — cada câncer tem um anticorpo produzido pelo organismo humano para combatê-lo — foram desenvolvidos em laboratório e ganharam uma pequena partícula de ferro. A mistura foi aplicada em amostras de sangue de 141 pacientes com glioblastoma uniforme. Por meio de uma técnica chamada imantação — em que um imã captura células com ferro —, os cientistas conseguiram encontrar as estruturas cancerígenas em uma pequena parcela dos pacientes analisados. “Nós identificamos células tumorais em circulação no sangue periférico de 29 dos 141 pacientes, ou seja, cerca de 20% de toda a amostragem apresentou a expansão até o sangue”, destaca Müller.

Café Comunitário Mensal - Participe!


Menino de 10 anos e 2m de altura pede ajuda para enfrentar o gigantismo

Sérgio Gabriel gosta de super-heróis como Homem-Aranha e Hulk. Mas, com dois metros de altura, ele e a família precisam de ajuda para tratar o gigantismo, doença que afeta o crescimento

Correio Braziliense


Manoela Alcântara



De longe, Sérgio Gabriel Ribeiro parece um homem na idade adulta. Um pouco mais de perto, os traços do rosto colocam a certeza em xeque. Ao conversar com o menino de 2 metros, rapidamente é possível perceber que, na verdade, se trata de uma criança, tem 10 anos. Gosta de filmes de super-heróis e cochicha no ouvido da mãe quando tem vergonha de falar algo. O sorriso lançado vez ou outra durante uma conversa não revela o real sofrimento diário. Gabriel, como é chamado pela família, sofre de gigantismo. Tem um tumor no cérebro, teve diagnosticado retardo mental e é hiperativo. O bullying nas ruas é diário. Na escola, ele não entende muito bem por que os amigos são menores. Muitas vezes, bate a cabeça ao passar pelas portas. Não consegue comprar roupas do tamanho dele e, hoje, tem somente um sapato que cabe no pé tamanho 46.

A mãe, Ricardene Barreira Ribeiro, 47 anos, recebe pensão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de pouco mais de R$ 700, paga R$ 400 de aluguel em casa no Pedregal, bairro do Novo Gama (GO), e afirma: “Já passei fome para ele poder se alimentar Além do tamanho de gigante, ele come como um”, conta. Todos os móveis da casa são fruto de doação. As roupas também. O problema é que as calças e as camisas de Gabriel não duram muito tempo. Como ele cresce rapidamente, elas ficam curtas e apertadas. “Não tenho condições de comprar. Nem o chinelo dele está servindo direito. O que posso dar é educação e alimento”, completa a mãe.

A doença foi descoberta quando o menino tinha 4 anos, em 2008, mesmo ano em que o pai dele morreu. Segundo Ricardene, em 2010, conseguiu marcar uma cirurgia para o filho retirar o tumor da hipófise no Hospital de Base do Distrito Federal, mas o procedimento não ocorreu. “Eles nos colocaram em um corredor, disseram que não tinha maca. O Gabriel tem esse tamanho, mas é uma criança. Ele queria dormir, ficou superenjoado. Quando deu meia-noite, peguei o último ônibus e voltei para casa”, conta Ricardene.

Mãe de 12 filhos, a mulher nunca imaginou que pudesse ver um deles sofrer com uma doença tão rara. “É difícil porque as restrições financeiras são muitas. Ele tem outros problemas associados e ainda vivemos em uma sociedade preconceituosa”, comenta a mãe. Ricardene mudou-se para o Pedregal há 15 dias. Antes, morava em Santa Maria, onde conseguiu uma escola para o filho. Este é o primeiro ano do menino no colégio.
Ajude
Quem quiser auxiliar a família de Gabriel pode ligar para 9349-8786
Dificuldades
Em 2011, a Defensoria Pública deu entrada em uma ação para obrigar que o direito à saúde, assegurado na Constituição Federal, fosse garantido a Gabriel. O Hospital de Base do DF enviou um ofício solicitando que o menino fosse até a unidade de saúde para marcar nova consulta, mas Ricardene ficou doente. Um problema no fígado a deixou quatro meses em coma.

Desde então, as coisas pioraram. Ela não consegue fazer o tratamento para a hepatite C porque não tem com quem deixar os dois filhos que moram com ela. Gabriel também não toma nenhum remédio. “Acho que, no caso dele, é só a cirurgia mesmo”, afirma a mãe. Em decorrência da doença, o menino sente fortes dores de cabeça e já teve convulsões. Com pouco menos de 1,70m, a mãe do menino se desespera durante as crises. “Não tenho como carregá-lo. Na última crise, saí gritando no meio da rua. Parei os carros e as pessoas me ajudaram.”

Com grande carência, a mulher pede ajuda. Um tênis 46 para o filho, por exemplo. Gabriel, só pensa em uma coisa: “Queria um aparelho de DVD com controle e filmes de super-heróis. Gosto de todos, do Homem-Aranha, do Hulk, do Quarteto Fantástico”, diz tímido. A cirurgia também está entre os sonhos da moradora do Pedregal. “Os médicos dizem que não é possível retirar todo o tumor, mas tenho esperanças de que ele melhore”.

Em nota, a Secretaria de Saúde do DF confirmou que, em 2010, o paciente realizou atendimento no HBDF, mas não consta no prontuário nenhuma inserção para procedimento cirúrgico. “No Distrito Federal, a unidade especializada para esse tratamento é o Hospital Universitário de Brasília (HUB). A secretaria conseguiu marcar uma consulta para o paciente no HUB para a próxima semana”, informa o documento.

Para saber mais

Problema hormonal

O gigantismo é causado pela excessiva secreção do hormônio do crescimento durante a fase de crescimento. Pessoas com o distúrbio podem alcançar estaturas entre 2,30m e 2,72m. Na maioria dos casos, está associado a tumores benignos na hipófise, mas também pode ter relação com outras doenças. Os sintomas são dor de cabeça, altura muito acima da média, entre outros. Geralmente, o gigantismo é detectado por meio de exame de sangue. Um dos tratamentos é reduzir a produção do hormônio do crescimento no corpo ou recorrer a um procedimento cirúrgico se a produção excessiva for decorrente de um tumor.






Tempo deve ficar claro a parcialmente nublado com máxima de 25°C, diz Inmet

A umidade relativa do ar hoje deve variar entre 90% e 30%

Correio Braziliense

No início da manhã, a sensação térmica foi de 9°C a 10°C


O tempo deve ficar claro a parcialmente nublado com períodos de nublado nesta quinta-feira (31/7), de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na madrugada, os termômetros marcaram 13°C. À tarde, a temperatura pode chegar aos 25°C. No início da manhã, a sensação térmica foi de 9°C a 10°C. Não há previsão de chuvas.

Hoje, a umidade relativa do ar deve variar entre 90% e 30%, número considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo o Inmet, a tendência é de que a umidade diminua nos próximos dias.


No fim de semana, a tendência é de que a temperatura continue estável com madrugadas e manhãs mais frias, e tardes mais quentes. O tempo frio, segundo o Inmet, se deve a influência de uma massa de ar polar que está passando pela região Sudeste do país.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Conta de luz ficará mais cara em 2015 por causa de empréstimos

Empréstimos concedidos às distribuidoras de energia terão um impacto de oito pontos percentuais nas contas de luz no próximo ano

Correio Braziliense


Antonio Temóteo
 
Os empréstimos concedidos às distribuidoras de energia terão um impacto de oito pontos percentuais nas contas de luz no próximo ano, estimou o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. Esse aumento leva em conta os financiamentos feitos pelas companhias para pagar a compra energia no mercado à vista, mais cara em razão da escassez de chuvas e da consequente ativação generalizada e prolongada de termelétricas.

Para fazer essa estimativa, Rufino levou em consideração o empréstimo de R$ 11,2 bilhões intermediado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e outro de R$ 6,5 bilhões, que está sendo negociado pelo governo. Entretanto, ele detalhou que essa estimativa pode mudar se voltar a chover, e o uso de termelétricas diminuir. Do contrário, a tendência é encarecer ainda mais.

O presidente da Aneel ainda relembrou que, com o vencimento das concessões das geradoras Cemig (MG), da Cesp (SP) e da Copel (PR), em janeiro e julho de 2015, o custo da energia tende a diminuir e até compensar o impacto financeiro dos empréstimos para algumas distribuidoras. “O reajuste baliza um conjunto de fatores”, ressaltou. Nas contas da Safira Energia, o aumento nas contas de luz chegará a 25% com os dois empréstimos em 2015. Entretanto, a consultoria não descartou revisar esse percentual para cima ou para baixo, uma vez que o governo pode evitar grandes reajustes que terão impacto significativo na inflação. Para o diretor-geral da CMU Comercializadora, Walter Froes, o maior ou menor uso de termelétricas terá um peso fundamental nessa conta. “No fim, sempre sobra para o consumidor”, previu.
Adiamento
A diretoria da Aneel também aprovou ontem que o pagamento das operações de compra de energia no mercado de curto prazo, no valor de R$ 1,31 bilhões, seja feito pelas distribuidoras somente em 28 de agosto. Com esse adiamento, o governo ganha tempo para negociar as condições para o novo finaciamento de R$ 6,5 bilhões. Desse total, R$ 3 bilhões devem ser repassados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O restante será emprestado por outras instituições financeiras que querem uma taxa de juros maior.

Iniciar dietas muito cedo pode resultar em obesidade na idade adulta

Pesquisa foi feita com 2.181 universitárias durante 10 anos


Correio Braziliense


Paloma Oliveto
 
 
 
 
Elas passaram a vida inteira fazendo dieta para perder peso. Cortaram calorias, reduziram gorduras, apostaram nos cardápios ricos em proteína. Mas, no fim, só conseguiram incorporar comportamentos de risco, tornando-se obesas ou dependentes de álcool. A conclusão foi de uma pesquisa que acompanhou universitárias ao longo de 10 anos em quatro períodos: 1982, 1992, 2002 e 2012. Apresentados ontem no encontro anual da Sociedade de Estudo do Comportamento de Ingestão, em Seattle (EUA), os resultados demonstram que, quanto mais cedo inicia o regime de emagrecimento, mais provável que, aos 30 anos, a mulher apele para estratégias extremas de controle de peso, como indução do vômito. A análise estatística também achou uma relação entre as dietas restritivas na juventude e o abuso de bebida, o sobrepeso ou a obesidade na idade adulta.

Pesquisadora do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual da Flórida, Pamela K. Keel lembra que, há décadas, a “mania de dieta” é algo comum entre adolescentes e jovens adultas, sendo que entre 30% e 50% delas confessam estar fazendo regime para emagrecer quando abordadas por estudiosos do tema. “Artigos recentes também mostram que a restrição alimentar para perda de peso está associada a problemas sociais e emocionais. Então, é possível que esses tipos de regime representem um fator de risco geral para distúrbios alimentares”, acredita.

Para a psicóloga, uma questão importante a se considerar é se a tendência de fazer dietas no fim da adolescência e no início da fase adulta signifique, mais tarde, medidas desesperadas. “Também é essencial saber se o hábito de aderir a esquemas de perda de peso está associado a problemas de saúde com o passar do tempo”, diz. Por isso, ela decidiu investigar dados epidemiológicos que vêm sendo coletados desde 1982 entre universitárias da Flórida. No total, 2.181 mulheres de 19 anos completaram as pesquisas sobre comportamentos de saúde e 1.351 retornaram 10 anos depois para a fase final do estudo.

Nos testes, precisavam dizer a frequência com que faziam dieta, a idade em que iniciaram, as estratégias usadas (baixa caloria, baixa gordura, pouco carboidrato, muita proteína e métodos extremados, como indução de vômito, uso de laxante/diurético, pílulas para emagrecer ou jejum). As participantes também precisavam indicar seus padrões de consumo alcoólico.
 
 

Campanha incentiva brasilienses a deixar agasalhos em cabides pela cidade

Onda de frio levou brasilienses a ações solidárias. Voluntários organizam campanhas para arrecadar agasalhos e ajudar quem precisa

Correio Braziliense


Ailim Cabral

A psicóloga Alana Dias Mendes teve a ideia de colocar casacos em cabides e espalha-los pela cidade: inspiração veio da internet



As temperaturas mais baixas e o tempo seco não surpreendem o brasiliense quando chega julho. Mas uma onda de frio que se instalou na região Centro-Oeste na última semana trouxe ainda chuvas isoladas e névoa úmida ao Distrito Federal, o que obrigou os moradores da capital a tirarem casacos, cachecóis e até luvas do armário. Mas o fenômeno também mobilizou alguns moradores da cidade, que, por iniciativa própria, iniciaram campanhas inusitadas para arrecadar de agasalhos.

A psicóloga Alana Dias Mendes, 55 anos, é uma das organizadoras do projeto Amor no Cabide. As peças são instaladas em diversos pontos da cidade, e as pessoas dispostas a doar podem pendurar casacos e outros acessórios. Bilhetes de incentivo, afixados nos cabides, explicam que os agasalhos podem ser levados por quem sentir frio. “Se você precisa, é seu”, é o lema da campanha. “Não estamos preocupadas com quem pega. Acredito que ninguém que não precisa vai levar, e, se isso acontecer, ao menos estamos fazendo a nossa parte”, afirma Alana.

Com outras duas voluntárias, Liliane Brasil, 28 anos, empresária, e Cristiane Leborace, 43, personal gourmet, Alana instalou cabides pela cidade. Ela conta que viu a ideia em uma rede social — algumas pessoas desenvolvem ação semelhante no Sul do país —, e, com uma pesquisa rápida, encontrou Cristiane e Liliane, que já haviam começado a arrecadar casacos. Hoje, as pessoas podem recolher as roupas em sete pontos. O trio também organiza mutirões para receber mais doações e continuar com a ação. Alana conta que muitas das histórias mexem com o coração das voluntárias. “Fizemos um mutirão em frente ao Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), e um garotinho que saía com a mãe tirou o casaco e colocou no cabide. Quando dissemos que estava frio, ele afirmou ter outros em casa e que não precisava daquele. Foi muito bonito”, diz.

Os amigos e estudantes universitários, Felipe Andrade Ottengy, 19 anos, Caio Neves Fernandes, 22, e Lucas Valente de Lyra, 22, se reuniram para colocar caixas de doações em bares de Brasília. Felipe conta que a ideia surgiu por acaso. “Estávamos juntos e vimos um menino, morador de rua, com muito frio. Isso nos sensibilizou e resolvemos fazer uma campanha diferente. As pessoas sempre colocam avisos nos prédios e em supermercados, afirma. Os amigos confeccionaram o material e deixaram as caixas de doação em dois bares por um mês, de 5 de junho a 7 de julho, mas pretendem retomar a ideia no Dia das Crianças.

O material arrecadado será distribuído pelos amigos a moradores de rua da região central de Brasília, próximo à Rodoviária do Plano Piloto e da W3. “Por enquanto, somos só nós três para distribuir as peças, mas, se alguém quiser ajudar, é só entrar em contato conosco”, completa. Felipe diz que eles conseguiram arrecadar cerca de 100 casacos, Teresa Cristina Paula Lyra, 49 anos, resolveu transformar a arte em calor. No fim de semana passado, a jornalista postou mensagem em uma rede social sobre o frio intenso que tomou a capital e recebeu muitos comentários de amigos. Ao perceber que outras pessoas, em especial os que vivem na rua, poderiam precisar de ajuda, teve a ideia de fazer um sarau solidário. O amigo e músico Alberto Salgado, 35, aderiu ao movimento. O grupo Cafetão Cultural — formado por Teresa e outros dois amigos, o produtor cultural Marcelo Fontelles, 40, e o gestor cultural Thiago Fanis, 30 — assumiu a organização do evento. “Os números já superaram as minhas expectativas.

Em menos de três horas, tive 58 adesões de pessoas se oferecendo para ajudar”, conta Teresa. Em um grupo fechado que já conta com 153 membros, o Sarau Quente — sarau em prol de campanha do agasalho aos necessitados, mobiliza mais adeptos. Para facilitar as doações, eles montaram pontos de arrecadação. Quem contribuir ganha um ingresso para o evento, marcado para 13 de agosto, às 19h30, no Teatro dos Bancários. O espaço foi cedido aos organizadores.

Entre as atrações, estão o maestro Rênio Quintas, a cantora Cely Curado, o músico Alberto Salgado, os percussionistas Jorge Macarrão e Edinho Silva, entre outros. A jornalista conta que todos participam do sarau de forma voluntária e, para manter a credibilidade e o caráter altruísta do evento, nenhum candidato ou político, mesmo que artista, poderá participar. “Queremos manter isso, para que não existam dúvidas. O objetivo é ajudar o próximo apenas, de coração. Não temos nenhum tipo de moeda envolvida, muito menos política. É um evento da sociedade civil”, completa.

Ajude
Amor no Cabide
A campanha não tem data para acabar.
Pontos de entrega e retirada das doações:

» 102 Sul, na esquina da Drogasil com a pizzaria La Gioconda
» Setor de Rádio e TV Sul, na parada de ônibus em frente ao Edifício Assis Chateaubriand
» 210/211 Sul, na cerca da Escola Parque, atrás das paradas de ônibus
» 612 Sul, em frente ao Centro de Ensino Especial nº 2 e ao Posto de Saúde
» 414 Sul, na parada de ônibus, atrás do supermercado da quadra
» 308 Sul, na parada de ônibus, em frente à Escola Parque
» 707/708 Sul, na Praça 21 de abril

Sarau Quente
Pontos de entrega das doações:
» Mr. Lincoln Idiomas, 412 Sul, Bloco A, Loja 19
» Senhora Empada, 203 Norte, Bloco D, Loja 11
» Nosso Mar Bar e Restaurante, 115 Norte, Bloco B
» Dedetizadora Brasil, 314 Norte, Bloco C, Loja 211
» Gráficas Via Central Cópias, Edifício Brasília Trade Center, térreo

Nos bares
» Para ajudar, entre em contato com os Felipe Ottengy ou Lucas Lyra por meio do Facebook Solar de Brasília
» Condomínio Solar de Brasília, Jardim Botânico, portaria da Quadra 02 Campanha da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do DF
» Em todas as administrações regionais, nas sede da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Setor de Áreas Isoladas Norte (SAIN) – Estação Rodoferroviária – Ala Central). Para doações acima de 10 peças, basta ligar para o número 2104-1937 que uma equipe busca os agasalhos. Até 10 de Agosto
 

Apesar do tempo frio nesta manhã, temperatura deve aumentar durante a tarde

A sensação térmica no início da manhã foi de 7°C a 8°C

Correio Braziliense


A temperatura mínima registrada na madrugada foi de 14°C

O tempo deve ficar nublado a parcialmente nublado com névoa úmida pela manhã nesta quarta-feira (30/7). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura mínima registrada na madrugada foi de 14°C e a tarde a máxima pode chegar aos 24°C. A umidade relativa do ar deve variar entre 95% e 50%. Com os fortes ventos, a sensação térmica no início da manhã foi de 7°C a 8°C. Não há previsão de chuvas.

De acordo com o Inmet, o tempo frio se deve a influência de uma massa de ar polar que está passando pela região Sudeste do país. A previsão para os próximos dias é de madrugadas e manhãs frias. A tarde a temperatura deve subir. No fim de semana, a expectativa é que o temperatura continue estável, mas com pequena queda de umidade, que deve variar entre 90% e 30%.
 

terça-feira, 29 de julho de 2014

Frio deve continuar no DF; sensação térmica chegou a 8ºC nesta terça

Hoje, o tempo deve ficar encoberto e nublado

Correio Braziliense

A temperatura mínima registrada na madrugada foi de 13ºC

Após mais uma madrugada fria no DF, a previsão é de que o clima continue frio. Nesta terça-feira (29/7), o tempo deve ficar encoberto a nublado com períodos de parcialmente nublado. Na madrugada, os termômetros marcaram 13ºC. A temperatura máxima não deve passar dos 23°C. 

A terça-feira amanheceu com 14°C, mas com os fortes ventos, a sensação térmica foi de 8°C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. A umidade relativa do ar deve variar entre 95% e 50%.

De acordo com o Inmet, o frio deve se estender até o fim da semana com temperaturas e umidade bem parecidas. 

Apesar da nebulosidade, não há previsão de chuvas para os próximos dias. Do início do mês até este domingo (27/7), foram registrados quatro dias chuvosos.

Receoso com o futuro, consumidor agora foge do crédito

Dias após o Banco Central anunciar uma injeção de R$ 45 bilhões na economia a fim de estimular a oferta de recursos para financiamentos, sobretudo no comércio, consumidores mostram cautela e temor com o futuro
Correio Braziliense



Enquanto tenta limpar o nome, a dona de casa Maria de Fátima Ribeiro já tem uma certeza: nunca mais vai acumular dívidas

Receoso de perder o emprego e tentando contrair menos dívidas, o consumidor reduziu seu apetite por novos financiamentos ao menor nível em quatro anos. Dados divulgados ontem pela Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) apontam uma demanda 2,5% menor no primeiro semestre em comparação a igual período de 2013. Ao longo de 12 meses, a queda foi de 1,4%, mas já é a maior da série histórica iniciada em janeiro de 2010.

A inflação, o crédito mais caro e o menor ritmo de crescimento da renda real são como os principais fatores para a freada. “A desaceleração da economia tem minado as expectativas da população, que está cada vez mais cautelosa em relação ao consumo”, explicou Flávio Calife, economista da SCPC.

No comparativo mensal, de junho sobre maio de 2014, a redução foi de 2,2%. E de junho frente ao mesmo mês do ano passado, a queda foi maior: 6,5%. “Não é um dado positivo do ponto de vista de consumo. Mas mostra uma preocupação maior do consumidor, que está procurando a saúde financeira da família”, avaliou.

Esse é o caso do assistente administrativo Antônio Marcos da Cunha, 41 anos. Com quase um terço do orçamento familiar preso pelas prestações de dois móveis e um eletrodoméstico, ele não tem disposição de se endividar mais. Apesar do desejo de comprar um carro, pretende economizar para dar a entrada em dinheiro e só quando acabar os débitos atuais. “Estou enxugando gastos. Há dois meses, a conta do meu cartão de crédito vinha cerca de R$ 500. Reduzi esse valor à metade”, comemorou.


A Caridade pura não aceita o egoísmo

A Caridade pura não aceita o egoísmo

Paiva Netto

Quem se integra no verdadeiro espírito da Caridade não mais aceita o egoísmo. Deus é quem nele habita, e ele vive em todos e por todos os seus Irmãos em Humanidade. Disse o Buda (aprox. 556-486), o iluminado mentor que nasceu na Índia: “O sofrimento é universal; a causa do sofrimento são os desejos egoístas; a cura do sofrimento está em libertar-se dos desejos; o modo de livrar-se dos desejos é através de uma perfeita disciplina mental*¹”. 
Deus é Caridade. Em sua Primeira Epístola, 4:8 e 16, João Evangelista explica que “Deus é Amor”. Ora, Caridade é sinônimo de Amor. Todos precisam dele, o mundo necessita de Caridade. Eis a Estratégia Divina para a perfeita condução dos povos, quando os seres humanos alcançarem que Política plena é aquela que, cuidando do cidadão, infere que este, além de corpo, também possui Alma. Diante desse Ser completo, teremos uma nação integrada na Solidariedade Ecumênica, portanto Social, Altruística. Quando isso ocorrer, o sofrimento, incluído o psíquico, passará ao largo. Afinal, viveremos o terceiro milênio. Algo terá de mudar, nem que demore mil anos.

Erigir um Império de Boa Vontade
A Caridade, na sua expressão mais profunda, deveria ser um dos principais estatutos da Política, porque não se restringe ao simples e louvável ato de dar um pão. É o sentimento que — iluminando a Alma do governante, do parlamentar e do magistrado — conduzirá o povo ao regime em que a Solidariedade é a base da Economia, entendida no seu mais amplo significado. Isso exige uma reestruturação da Cultura, por intermédio da Espiritualidade Ecumênica*² e da Pedagogia do Afeto*³, no meio popular e como disciplina acadêmica. Estaríamos, assim, erigindo um império de Boa Vontade neste planeta. Por que não? Porque o ceticismo exagerado de alguns e a ganância insaciável de outros não o permitem? Ora, a evolução do ser humano não pode ser detida. Ela vai por bem ou, infelizmente, por caminhos dolorosos. Mas vai.
Como ensinava Alziro Zarur (1914-1979), Boa Vontade não é boa intenção. Boa Vontade é a vontade boa, firme, decidida, que sabe o que quer, iluminada pela Verdade e pelo Amor. Nada tem a ver com boa intenção, com a qual, no dizer popular, “está calçado o inferno”.

_________________________
*1 Pérolas literárias (contos e crônicas), de Antonio F. Rodrigues, publicado por Petit Editora.

*2 Espiritualidade Ecumênica — Leia mais sobre o assunto no capítulo “Apocalipse e Poder de Deus”, do best-seller As Profecias sem Mistério, de Paiva Netto, e também “Quanto à Abrangência do Templo da Boa Vontade”, publicada no segundo volume das Espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, página 277.

*3 Pedagogia do Afeto e Pedagogia do Cidadão Ecumênico — Segmentos da proposta pedagógica criada por Paiva Netto, que propõe um modelo novo de aprendizado, aliando Razão e Sentimento. Essa linha educacional é aplicada com sucesso na rede de ensino e nos programas socioeducacionais desenvolvidos pela Legião da Boa Vontade, no Brasil e no exterior. Ambos “fundamentam-se nos valores oriundos do Amor Fraterno, trazido à Terra por diversos luminares, destacadamente Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista”, conforme afirma o educador Paiva Netto. Na Pedagogia do Afeto, o enfoque é sobre as crianças de até 10 anos de idade, unindo sentimento ao desenvolvimento cognitivo dos pequeninos, de forma que carinho e afeto permeiem todo o conhecimento e os ambientes de suas vidas, incluído o escolar. Na continuidade do processo de aprendizagem, a Pedagogia do Cidadão Ecumênico é direcionada à educação de adolescentes e adultos, dispondo o indivíduo a viver a Cidadania Ecumênica, firmada no exercício pleno da Solidariedade planetária. Tem como bandeira o Novo Mandamento de Jesus: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos. Não há maior Amor do que doar a própria Vida pelos seus amigos” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35 e 15:13). Para a aplicação da proposta pedagógica da LBV, foi desenvolvida uma metodologia própria: o MAPREI (Método de Aprendizagem por Pesquisa Racional, Emocional e Intuitiva). Trata-se de uma ferramenta de aprendizagem facilitadora do imenso desafio de formar cidadãos mais fraternos, o que de nenhuma maneira significa dizer desprovidos de senso crítico ou despreparados para enfrentar um mundo de riscos e reveses, consoante pondera o educador Paiva Netto. A razão de embasar o ensino em valores éticos e espirituais está associada diretamente ao princípio socioeducacional da LBV de valorizar a integralidade do ser humano, pois contempla não apenas sua aptidão intelectual, mas a potencialidade interior, que vem do seu Espírito eterno.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.

Cristo Redentor é iluminado em azul em campanha contra o tráfico de pessoas

A campanha foi lançada no Cristo Redentor pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que ressaltou o aumento das notificações relativas aos delitos



O Cristo Redentor ganhou uma iluminação azul na noite de hoje (28), como forma de marcar a campanha Coração Azul, contra o tráfico de pessoas, desenvolvida pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) em vários países.




Relatório lançado pelo governo brasileiro, com dados de 2012, mostra que 547 casos de tráfico de pessoas para trabalho análogo à escravidão ou exploração sexual foram registrados pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF) em operações pelo país. O número é ainda maior, se forem consideradas outras bases de dados oficiais.

A campanha foi lançada no Cristo Redentor pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que ressaltou o aumento das notificações relativas aos delitos. “Isto mostra que está havendo uma conscientização maior de vítimas ou pessoas que sabem a existência desse crime, no desejo de informar às autoridades, o que tem permitido mais ações. Mas ainda há muito a fazer, pois sabemos que o universo de pessoas vítimas desse crime é muito maior, então precisamos nos esforçar e unir, cada vez mais, em relação a isso”, destacou Cardoso.

O ministro também ressaltou que é preciso aperfeiçoar a legislação penal sobre o tema. “Há projetos de lei que estão em curso no Congresso Nacional justamente para que nós possamos ter uma maior eficácia no enfrentamento desse crime. Há um projeto que coloca a dimensão normativa do crime de maneira mais adequada. Não só em relação ao tráfico com fins de exploração sexual, mas também para outras formas, como remoções de órgãos, e todas as formas que temos de tráfico”, explicou.

O secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, também participou da solenidade e ressaltou que uma das conquistas no combate ao tráfico de pessoas foi a redução no número de crianças e adolescentes vítimas. “Elas representavam 60% das vítimas. Hoje são 40% das mulheres entre 10 e 29 anos de idade, sem escolaridade, de cor negra e pobres, que representam a maioria das vítimas do tráfico de pessoas para fins de exploração sexual”, disse.

Segundo Abrão, além do aliciamento sexual, há o tráfico para remoção de órgãos, a adoção internacional, o aliciamento de meninos para jogar futebol no exterior e de meninas para trabalhar como modelos. O Cristo Redentor ficará iluminado de azul até a próxima quarta-feira (30).

Em outras capitais do país também haverá eventos alusivos ao tema. Em Belo Horizonte, o Obelisco da Praça Sete e o Edifício Bemge receberão iluminação especial. Em Fortaleza, o prédio iluminado será o da Procuradoria Federal do Ministério Público. O relatório completo e a programação da semana de mobilização da campanha podem ser acessados na página do Ministério da Justiça.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Casos de idosos infectados pelo HIV aumentam no Brasil

Especialistas alertam que casos de idosos infectados pelo HIV têm aumentado nos últimos anos no Brasil. A falta de abertura para falar sobre a sexualidade e o excesso de confiança no parceiro estão entre as razões do problema
Correio Braziliense

“No tempo deles, ninguém vivia até os 60 anos. Hoje, vamos até 80, 90, e o idoso quer aproveitar. Está tudo muito mais fácil do que quando as mulheres tinham que ser muito reservadas, por exemplo. E outra coisa: acham que não pega em velho. Pensam que, se pegar, já está morrendo mesmo. Mas não é uma morte fácil.” O relato é de Jussara Santos, 63 anos, presidente da Fraternidade Assistencial Lucas Evangelista (Fale), entidade que abriga soropositivos no Distrito Federal. Nos últimos 10 anos, ela percebeu o início de uma mudança na faixa etária das pessoas que buscam assistência na comunidade fundada há mais de 20 em uma chácara do Recanto das Emas. Se no início eram muitos jovens homossexuais, agora surgem idosos. “Não sei dizer exatamente o que mudou. É como se, de repente, eles se percebessem livres e se esquecessem de se cuidar”, arrisca.

Um fato: muitas coisas mudaram entre as experiências vividas pelos jovens de 20 e poucos anos na década de 1970 e a realidade de um idoso aos 65 em 2014. Nesse período, turbulentos e polêmicos episódios alteraram permanentemente o que era esperado por aquele setentista como um “envelhecimento tradicional”. O divórcio, por exemplo, foi oficialmente instituído em 1977 no Brasil. Até meados dos anos de 1980 — quando surgiram os primeiros casos de Aids —, a camisinha era utilizada somente como método contraceptivo. E, apenas em 1998, foi aprovado o primeiro remédio oral para a disfunção erétil pela agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos, a FDA.

A epidemia começa a envelhecer. Ao mesmo tempo em que as conquistas sociais fortaleceram o direito à sexualidade, idosos soropositivos expostos ao vírus, por eficácia do tratamento, têm sobrevida muito mais extensa do que no início dos contágios. “Mas, conscientizar essa faixa etária para o uso do preservativo é muito difícil”, aponta a coordenadora de DST/Aids do Pará e especialista na área, Deborah Maia Crespo. “Principalmente nessa faixa etária, é colocado todo um estigma de conduta e postura que favorece um cenário de rejeição familiar quando o idoso é vítima de exposição ao vírus”, completa. Ela conta que os relatos sempre trazem histórias de pessoas que contraíram a doença de um parceiro no qual confiavam e achavam que, por esse motivo, não precisavam se proteger.

Essa é a história de Olga*, moradora da Fale há alguns anos. Aos 55, ela não sabe dizer exatamente quando foi infectada, mas que o marido já manifestava sinais da doença antes que ela soubesse da própria soropositividade. O companheiro não resistiu aos danos causados pelo avanço da Aids. Hoje, Olga fala com desenvoltura sobre o preconceito e a dificuldade que enfrentou. Mas Crespo ressalta que esse desembaraço é pouco comum. Até mesmo o questionamento em consultório sobre a sexualidade do paciente idoso ainda é visto como tabu. “Imagine um profissional de saúde que solicita um exame de HIV. Vai ouvir: ‘você está me julgando como o quê?’ Quando, na verdade, não deixa de ser apenas uma doença sexualmente transmissível.”

Combate ao sedentarismo ajuda a prevenir insuficiência cardíaca

Encontro no dia 7 de agosto reúne especialistas que falarão sobre hábitos que contribuem para o desenvolvimento da doença



Responsável por alto índice de internações no país, a insuficiência cardíaca – doença que limita o funcionamento do coração – atinge cerca de 2% da população, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Para esclarecer sobre a doença, que tem 240 mil pessoas diagnosticadas por ano no Brasil, especialistas organizam uma conversa com o público no 13º Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca, 7 de agosto, em Ribeiro Preto, interior de São Paulo.

O encontro pretende abordar, em linguagem simples, hábitos que contribuem para o desenvolvimento da doença, como o sedentarismo, o colesterol alto e o diabetes. Os especialistas também pretendem divulgar formas de diagnóstico e de tratamento. Se não tratada, a insuficiência pode agravar-se até culminar num transplante de coração. Em 2014, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) estima que devem ser feitos 280 transplantes do órgão no país.

São sinais da insuficiência cardíaca a falta de ar ao dormir, fadiga, cansaço e limitação para fazer tarefas do cotidiano. O tratamento é feito com remédios diuréticos e implantação de marcapassos. Somente em casos graves, o transplante torna-se necessário. Especialistas também destacam a importância de diminuir os fatores que provocam o infarto, como o fumo e as bebidas alcoólicas. Eles também recomendam tratamento para a pressão alta e a erradicação da Doença de Chagas (transmissível por inseto) para diminuir a incidência de casos.

Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o cardiologista Luís Eduardo Paim Rhode explica que a doença aparece quando o coração não consegue mais atender às necessidades do corpo. “Normalmente é uma agressão ao coração, crônica como a pressão alta, ou aguda, como um infarto, que deixa cicatriz no coração. Em consequência, o coração não consegue bombear o sangue para o restante do corpo”, explica.

Segundo a Aliança Mundial de Insuficiência Cardíaca, a doença provoca alto índice de internações, principalmente de pessoas idosas. A maioria dos pacientes morre cinco anos após o diagnóstico. “O paciente que se interna por insuficiência cardíaca corre um risco, que não é pequeno, de morrer durante a internação e depois dela”, destaca Paim Rhose, que integra a aliança e participou da elaboração de documento sobre impactos da doença.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), a insuficiência lidera as internações por doenças do coração, que representam uma em cada três no sistema de saúde. “Na maioria dos casos, são pessoas acima de 60 anos já debilitadas por outras doenças. Como o mundo está envelhecendo, esse é o resultado”, esclarece o presidente do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da sociedade, Cláudio Fuganti.

AquaSkipper: espécie de bicicleta flutuante chama atenção no Lago Paranoá

Equilibrado em pé na parte traseira, o usuário consegue fazer o aparelho se locomover dando repetidos e ritmados pulos
Correio Braziliense


Sem motor, o aparelho proporciona grande gasto calórico: o AquaSkipper estimula e tonifica músculos da perna, coxas e glúteos


Primeiro foi o caiaque, em seguida, os pedalinhos, e, por fim, o stand up paddle. Qual será a próxima moda a tomar conta das águas do Lago Paranoá? Quem costuma frequentar o local no fim de semana já deve ter visto um dos candidatos à nova tendência: o AquaSkipper. Não faltam olhares curiosos quando Leonardo Neri Rola, 39 anos, e Glauber Santos Ribeiro, 44, possivelmente uns dos primeiros brasilienses a adquirir o aparelho, levam o peculiar objeto para o Pontão do Lago Sul e se divertem com os amigos. Parece uma espécie de bicicleta flutuante, mas sem pedais. Equilibrado em pé na parte traseira, o usuário consegue fazer o aparelho se locomover dando repetidos e ritmados pulos.

Leonardo conta que a dupla conheceu o Aquaskipper por meio de um amigo. “O meu colega tinha comprado um, mas não dava conta de andar nele de jeito nenhum. Então, ele emprestou para mim e para Glauber”, revela. Os dois procuraram vídeos na internet para entender como usar o equipamento e, depois de cerca de quatro semanas de prática, conseguiram dominar a técnica. Eles acabaram gostando e decidiram comprar o aparelho do colega.

À primeira vista, pode parecer fácil, mas, de acordo com os dois amigos, é preciso ter perseverança para aprender a domar o AquaSkipper. A dupla conta que o condicionamento físico ajudou bastante. “Ter força é importante, mas também coordenação e equilíbrio”, explica Glauber. A parte mais difícil, segundo Leonardo, é conseguir pular com suficiente intensidade para impedir que o AquaSkipper afunde na água — até porque, mesmo que o equipamento boie, a pessoa terá que nadar até o pier próximo para conseguir subir de novo, caso ela caia. “Não dá para ficar parado e é bastante cansativo, mas é um exercício muito bom e nada enjoativo”, recomenda.

De acordo com os amigos, o AquaSkipper é, principalmente, divertido. Leonardo conta que é comum alguém perguntar como o aparelho funciona e onde ele foi comprado, ou até pedir para testar. “A gente deixa, sem problemas, e até explicamos como se usa. É uma ótima forma de fazer novos amigos”, diz. “O AquaSkipper também permite ter contato com o lago e é um lugar que gosto muito de frequentar”, acrescenta Glauber.

Pesquisa mostra que cartões de crédito são surpresas desagradáveis em conta

É preciso cuidado redobrado antes de fechar contratos com as instituições financeiras
Correio Braziliense



Adquirir um pacote bancário exige atenção redobrada do consumidor. Com a ausência de regras claras, os clientes quase sempre contratam o serviço sem entender direito quais são os benefícios e os cálculos das tarifas pagas. O resultado da falta de informação coloca o segmento financeiro como um dos líderes de queixas nos Procons. Somente no Distrito Federal, bancos e financeiras corresponderam, nos últimos seis anos, a 9,2% dos atendimentos que chegaram ao órgão de defesa local. No Banco Central, outro canal de reclamação, foram registradas 12.071 manifestações somente no primeiro semestre do ano.

Esses índices não cedem porque, segundo as associações de defesa, os bancos têm dificuldade para melhorar os serviços oferecidos. Inclusive, há uma resistência do setor em obedecer às regras do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Para essas instituições, a relação de consumo entre eles e o cliente se revela diferenciada, por isso, deveriam ser regulamentadas apenas pelo Banco Central por causa das especificidades da atividade. No entendimento jurídico, porém, elas também devem seguir o CDC.

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostrou que os seis maiores bancos brasileiros — Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, HSBC e Santander — enfrentam problemas básicos em respeito ao Código de Defesa do Consumidor e em relação às normas estabelecidas pelo Banco Central. Um exemplo é a entrega do contrato firmado. Segundo o Idec, apenas metade dos bancos pesquisados entregou o documento. Clientes que contratam o Santander, o HSBC e a Caixa saem da agência sem a principal prova do vínculo deles com a empresa. E a obrigação é prevista em resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Brasiliense enfrenta frio de 13 °C em domingo chuvoso na capital

Uma frente fria chegou ao Distrito Federal na sexta-feira, abaixando as temperaturas
Correio Braziliense



Pedestres sentem frio na região central de Brasília

Os brasilienses seguem agasalhados na tarde deste domingo (27/7) frio na capital. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros chegaram a marcar 13.2°C hoje. A máxima não passou de 20.1°C. Ainda segundo o Inmet, o recorde de frio em julho foi no dia 6, quando as temperaturas chegaram a 11,2°C.
A previsão para os próximos dias é de mais frio. O Inmet acredita que o tempo permanece gelado pelo menos pelos próximos três dias. A chuva também fica: pelo menos amanhã, segunda-feira, pode chover em áreas isoladas, e a previsão é que os termômetros cheguem a registrar 12 °C. 
Mesmo em período de seca, a capital teve uma mudança de clima na última sexta-feira (25) quando uma frente fria chegou ao Distrito Federal. No prímeiro dia, os termômetros registraram mínima de 16 ºC. Porém, com forte vento e elevada umidade de ar, a sensação térmica era menor do que a temperatura registrada, segundo informou o Inmet.

sábado, 26 de julho de 2014

Arraial da Boa Vontade


Hoje acontece o segundo dia do Arraial da Boa Vontade.
Venha e traga toda a família.
Ao lado do Templo da Boa Vontade na Quadra 915 Sul, lotes 76/76 após as 19 horas.
Informações ligue para 3114-1070


Participe!


Sgas 915 lotes 75/76
Asa Sul - Brasília- DF

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Banco Central avisa que taxa de juros não cai e inflação deve piorar

Mesmo com sinais de recessão no país, o Copom diz que expectativas de inflação continuam altas e não deixam espaço para corte da Selic
Correio Braziliense



Diante da ameaça de o governo pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom) a reduzir a taxa básica de juros (Selic) em setembro próximo, em resposta à fragilidade da economia, que caminha para a recessão, o Banco Central tratou de se antecipar a qualquer imposição. Ao divulgar ontem a ata da última reunião do colegiado, o BC avisou que não há espaço para corte dos juros pelo menos até o fim do ano, pois as projeções de inflação para 2014 e para 2015 pioraram. No entender da instituição, com a Selic em 11% ao ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) só deverá convergir para o centro da meta, de 4,5%, no fim de 2016.

No Palácio do Planalto, a expectativa era de que o BC se sensibilizasse com a perspectiva de queda do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. O resultado será divulgado em 29 de agosto, dias antes da próxima reunião do Copom. Caso a atividade realmente mostre retração, como estima a maior parte dos analistas do mercado financeiro, o BC poderia, na avaliação de assessores da presidente Dilma Rousseff, repetir o cavalo de pau que deu na política monetária em agosto de 2012. Naquele momento, reduziu os juros, quando todas as expectativas eram de elevação da taxa básica.

Na ata, porém, o BC cuidou de afastar qualquer possibilidade nesse sentido. O recado ficou claro no trecho em que diz apostar na queda da inflação. “Levando em conta a estratégia que não contempla redução do instrumento de política monetária (alta de juros), (a inflação) tende a entrar em trajetória de convergência para a meta (de 4,5%) nos trimestres finais do horizonte de projeção”, escreveram os integrantes do Copom.

Descuido
O prazo que a autoridade monetária dá para que o IPCA recue para o alvo de 4,5% é de dois anos, o que quer dizer que, pelo menos até junho de 2016, o custo de vida no país seguirá acima desse patamar. Mesmo essa projeção corre o risco de não se concretizar, tendo em vista o comportamento recente dos preços medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Droga anti-HIV também ataca vírus da hepatite, afirmam cientistas dos EUA

A pesquisa liderada por Kenneth Sherman, autor-sênior do estudo, indica que o tratamento antirretroviral contra HIV em pacientes infectados também pelo VHC tem efeito contrário do imaginado
Correio Braziliense


De 4 a 8 milhões de pessoas no mundo são infectadas por dois vírus letais, o da hepatite C (VHC) e o da Aids (HIV). Ambos os patógenos utilizam as mesmas rotas de transmissão para invadir o organismo humano — o sangue — e ainda compartilham as maiores incidências geográficas. Não é raro, portanto, que a combinação dos dois seja frequente e represente uma das maiores preocupações dos infectologistas. Isso porque o tratamento tradicional para combater o HIV parece elevar a quantidade de VHC no paciente coinfectado. No entanto, pesquisadores da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, podem ter encontrado a saída do dilema que divide a comunidade científica: usar ou não antirretrovirais para tratar esse grupo? Segundo esses cientistas, a resposta é sim.

A pesquisa liderada por Kenneth Sherman, autor-sênior do estudo, indica que o tratamento antirretroviral contra HIV em pacientes infectados também pelo VHC tem efeito contrário do imaginado: não só combate o primeiro vírus, como reduz a replicação do segundo. Os resultados foram publicados hoje na revista Science Translational Medicine. Investigações sobre o assunto ganharam força no início da década de 2000 e a maior parte deles apoiava a suposição de que é impossível controlar simultaneamente os dois micro-organismos sem gerar prejuízos ao corpo coinfectado.

“Na época, especulamos que o fenômeno poderia ter base em alterações nas respostas imunes inatas e específicas associadas à supressão do HIV”, diz Sherman. Ele decidiu investigar mais a fundo a reação do organismo de 17 pacientes coinfectados submetidos à terapia recente com antirretrovirais. Os voluntários foram submetidos a avaliações periódicas de sangue para que fosse possível monitorar as mais sutis mudanças na resposta imune e na carga viral. Um subgrupo de pacientes registrou aumento inicial dos níveis de um marcador de lesão hepática, o ALT, nas primeiras 16 semanas de tratamento. No entanto, ao longo de um período de 18 meses, as cargas virais de VHC foram reduzidas a níveis desejados para um paciente infectado apenas com hepatite C.

Ainda não há uma explicação para o resultado inesperado, mas muitas teorias. Pode ser, por exemplo, que a supressão completa do HIV com antirretrovirais gere uma regulação defeituosa dos genes que são estimulados com interferons — componentes críticos do sistema da proteção imune inata, isto é, aquela que não age contra um patógeno específico. Essa falha na regulação promove uma explosão de replicações do VHC, elevando a carga viral da hepatite. “No entanto, a reconstituição imune melhora os processos de defesa que ‘limpam’ as células infectadas do fígado. Com o tempo, a replicação do VHC é controlada e reduzida”, explica Sherman.