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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Projeto Retrato Brasília vai mapear hábitos culturais da juventude no DF

Realizado pelo Correio e CCBB, o trabalho pretende traçar a cartografia estética e comportamental dos jovens brasilienses

Correio Braziliense




Gabriel de Sá

Eventos como o bimestral Picnik têm mudado a forma de o brasiliense se relacionar com o espaço público

 
Quem são, como vivem e o que pensam os habitantes do Distrito Federal? Região relativamente nova e povoada por habitantes de todo o país, a capital federal ainda engatinha na busca de uma personalidade própria. Este aspecto identitário, contudo, adquiriu forma mais bem definida nos últimos anos, graças ao esforço de jovens empreendedores que têm levado energia criativa e sentido de colaboração aos espaços públicos da capital federal, cada vez mais ocupados pela população. É com isso em mente que um projeto realizado pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e pelo Correio Braziliense, com patrocínio do Banco do Brasil, pretende traçar a cartografia estética e comportamental dos jovens brasilienses. O lançamento está previsto para a próxima segunda-feira.

Batizado de Retrato Brasília, o projeto dirigido por Jackson Araujo e Luca Predabon irá investigar o que tem sido feito com impacto transformador nas áreas de artes, design, empreendedorismo e cultura urbana em todo Distrito Federal, para, assim, desenhar um mapa de onde se concentram e como funcionam essas atividades na região. “A produção cultural em Brasília é muito rica, e há uma rede de novos transformadores, interessados no ambiente público. A verdadeira essência da cidade são as pessoas”, acredita o diretor Jackson Araujo.

Uma das iniciativas citadas como parte da nova identidade criativa de Brasília é o Picnik, que ocorre bimestralmente em locais como a Ermida Dom Bosco, o Calçadão da Asa Norte e o Jardim Botânico. No próximo sábado, haverá uma nova edição. O Picnik reúne pessoas de todas as idades para ocupar os espaços públicos de maneira consciente e saudável. “Existe uma vontade natural das pessoas de estar nesses locais. Cria-se um movimento, apropria-se do espaço e isso se transforma em uma área de convergência de ideias”, observa.

Outro exemplo exposto pelo diretor é a forte presença da bicicleta na capital federal. “Antes, ela era usada mais para a prática de esporte ao ar livre, mas hoje é vista também como forma de ampliar a convivência entre os habitantes da cidade. É isso que nos interessa: práticas que vão se transformando em novas relações com a cidade, e da cidade para com seus habitantes”, explica.
 

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