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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Projeções da ONU mostra que temperatura média deve crescer em todo o globo

No Brasil, regiões como a Amazônia podem ver a elevação chegar a 6ºC, o que tornará a sobrevivência muito mais desafiadora

Correio Braziliense


Paloma Oliveto


 
 
O inverno de 2002/2003 começou estranho no Hemisfério Norte. A tradicional época do frio se apresentou 1ºC mais quente do que o habitual em parte dos Estados Unidos e na Europa. Era uma pequena amostra do que ocorreria oito meses depois. Em agosto, no auge do verão, a Espanha registrou quase 47ºC; a Alemanha, 41ºC; e a França, 40ºC. Até o fim da estação, 70 mil pessoas estariam mortas. Literalmente, morreram de calor.
O ser humano não suporta condições climáticas extremas. Quando, lá fora, os termômetros sobem, internamente, o corpo deflagra um processo metabólico para manter a temperatura em 37ºC. Suor, aumento do fluxo sanguíneo periférico e maior produção de urina são alguns dos mecanismos usados para combater o excesso de calor.

Entretanto, no então pior verão europeu em 500 anos, principalmente idosos e pessoas com condições de saúde fragilizadas perderam essa batalha, vítimas de insolação, parada cardíaca e agravamento de doenças respiratórias. Sete anos depois, o continente voltou a ferver. Dessa vez, temperaturas até 13,3ºC acima do normal cobriram uma área de 2 milhões de quilômetros quadrados — 50 vezes o tamanho da Suíça. Mais de 30 mil pessoas morreram. Nem em países mais acostumados com o clima tropical, as pessoas estão imunes. No Brasil, 50 moradores da Baixada Santista entre 60 e 97 anos foram vítimas de uma sensação térmica de 45ºC entre janeiro e fevereiro de 2010.
 
 

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