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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Parte da história do DF desaparece sob o mato da Academia de Tênis

 
O local, sinônimo de glamour e poder em Brasília há alguns anos, está abandonado. Só um segurança passa o dia no lugar

Correio Braziliense

Thaís Paranhos

As quadras de tênis estão cobertas pela vegetação rasteira: Gabriela Sabatini participou de campeonato em Brasília na década de 1990

A Academia de Tênis José Farani viu ruir seu cenário luxuoso ao longo do tempo e surgir a promessa de uma completa revitalização da propriedade de 60 mil m². Mas passados quase quatro anos da venda da área para dois grupos empresariais, pouco mudou na paisagem que hoje mostra sinais de claro abandono. No lugar que outrora recebeu figuras importantes da política e da arte foi reduto de cinéfilos, músicos e tenistas (leia Memória), sobram entulhos, mato alto e construções destruídas. O projeto para a reforma do espaço, apresentado no fim de 2013, está em análise na Casa Civil do Distrito Federal.
 
A Diretoria de Análise e Aprovação de Projetos da Casa Civil informou que o grupo responsável pelo novo empreendimento ainda não cumpriu todas as exigências legais para obter a liberação das obras. Um dos pontos a serem resolvidos é a comprovação da propriedade da área. Durante décadas, havia uma suspeita de que parte das edificações da Academia de Tênis ocupava área pública. Falta ainda, segundo os técnicos da Casa Civil, o Relatório de Impacto de Trânsito (RIT) e o número de vagas para carros.

Os últimos suspiros da Academia de Tênis vieram logo depois do anúncio da venda da propriedade, em novembro de 2010. O cinema, interditado devido a um incêndio em maio do mesmo ano, fechou de vez as portas. O restaurante Dom Francisco foi um dos últimos a encerrar as atividades ao lado da academia. Os 226 apartamentos também já haviam sido deixados e os objetos, leiloados. As famosas quadras de tênis, sede de importantes campeonatos nacionais e internacionais, deixaram de ser usadas. As piscinas acabaram desativadas.
 
 
 

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