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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Governo diz que concurso sai e agentes penitenciários do DF terminam greve

Nova seleção vai abrir 1,1 mil vagas e deve aliviar trabalho dos funcionários nas penitenciárias

Lorena Pacheco - Correio Braziliense

Publicação: 31/10/2014 18:17 Atualização: 31/10/2014 18:22
Após o governo do Distrito Federal estabelecer uma data limite para a realização de um novo concurso público da Secretaria de Segurança, os agentes penitenciários suspenderam a greve iniciada na última quarta-feira. Cerca de 1,2 mil funcionários paralisaram, assim como as visitas ao Complexo Penitenciário da Papuda e a Penitenciária Feminina do Distrito Federal foram suspensas. 

Durante a greve, os trabalhadores temiam uma rebelião nas unidades prisionais devido ao baixo número de funcionários. Segundo Leandro Vieira, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do DF (Sindpen-DF), "estamos em um momento de transição devido às eleições, mas temos apenas 1,5 mil agentes para cuidar de 13,5 mil presos", reclamou. 

O novo concurso vai abrir 1.100 vagas para agentes e deverá ser lançado até o dia 15 de dezembro deste ano. O motivo da demora, segundo o governo do DF, já que o edital foi autorizado em maio, é o processo licitatório para escolha da banca organizadora. 

Segundo a secretaria, o primeiro projeto básico do concurso foi realizado entre meio e junho prevendo prova objetiva e discursiva, teste de aptidão física, avaliação psicológica e de vida pregressa, além de curso de formação. Porém, quando a pasta foi analisar as propostas das bancas interessadas em organizar o certame, nenhuma poderia custear o curso de formação com as taxas de inscrições estabelecidas. 

Para resolver o impasse, no último dia 8 de outubro, a secretaria firmou que arcaria com os custos dos materiais bélicos necessários para o curso. A partir daí, um novo projeto básico foi formulado. As empresas têm agora até o dia 7 de novembro para enviar novas propostas. 

Tumulto 
Na manhã do primeiro dia de greve, familiares de detentos chegaram de diversas partes do DF e de Goiás para fazer a visita, mas não conseguiram ver os parentes. Muitos deles estavam na fila desde ontem à noite. Revoltados, eles fecharam o balão da DF-140, que dá acesso à penitenciária, às 6h. O movimento durou menos de uma hora e terminou após negociação com a Polícia Militar.

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