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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Cientistas tentam desenvolver mais métodos para o implante de coração

A terapia inovadora será testada em humanos até 2017 e tem potencial de uso até mesmo em fetos
Correio Braziliense



A cada ano, 300 mil marca-passos são colocados no coração de pacientes em todo o mundo. Os custos globais com o dispositivo que regula a frequência do órgão vital não custam menos que US$ 8 bilhões. Embora funcione bem, o aparelho está longe de ser universal: nem sempre chega às populações de baixa renda e não pode ser usado em alguns grupos de pacientes, como fetos com problemas cardíacos congênitos. Por isso, cientistas tentam desenvolver métodos mais acessíveis e que dispensem as violentas intervenções cirúrgicas necessárias para o implante de um coração eletrônico. Alguns buscam a solução do problema dentro do próprio corpo humano.

Nesse sentido, resultados da tentativa mais recente de inovar no tratamento de disritmias cardíacas foram publicados na edição de hoje da revista Science Translational Medicine. Os pesquisadores do Instituto do Coração Cedars-Sinai, em Los Angeles, nos Estados Unidos, descobriram um “marca-passo biológico” que, futuramente, poderá funcionar como uma alternativa ao equipamento tradicional. A equipe liderada pelo taiwanês Yu-Feng Hu apostou no gene TBX18 para reverter os defeitos da máquina humana.

O alvo dos cientistas era o bloqueio cardíaco completo, uma doença caracterizada pelo descompasso dos batimentos do órgão vital. “Queríamos um modelo que fosse clinicamente realista, mas minimamente invasivo e que pudesse servir como um projeto inicial que pavimentasse ensaios clínicos com pacientes”, conta Yu-Feng Hu. O principal autor descreve, no estudo, que há uma pequena área do coração que é altamente especializada na tarefa de fazê-lo bater: o nódulo sinoatrial. 

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