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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Cientistas identificam técnica que melhora a regeneração de córneas

Gene presente em células-tronco raras, potencializa a renovação da membrana ocular. A descoberta abre portas para novos tratamentos contra a cegueira

Publicação: 03/07/2014 07:15 Atualização: 03/07/2014 08:52

A deficiência de células-tronco límbicas (LSC) — encontradas no limbo, a fronteira entre a córnea e o branco do olho — está entre as principais causas de cegueira no mundo. O problema tem como única opção terapêutica o transplante de tecidos saudáveis. Esse tratamento, porém, pode ser malsucedido se o número de LSC for baixo. Uma condição que esbarra em um barreira técnica: não há procedimento capaz de identificar essas células. Dois estudos publicados hoje na revista científica Nature prometem mudar esse cenário, abrindo novas possibilidades de procedimentos que provoquem a regeneração das córneas.

Pesquisadores de hospitais de Boston, nos Estados Unidos, descobriram uma forma de restaurar a visão usando o gene ABCB5, que atua como um marcador de LSC presentes no olho. Assim, não há dúvida sobre a presença, no tecido transplantado, das células-tronco que ajudam a manter e regenerar a córnea. “Atualmente, não existem marcadores moleculares para as LSC. Partimos da hipótese de que, como outras células pluripotentes, as LSC têm o gene ABCB5 e conseguimos, dessa forma, identificar quais células do limbo seriam próprias para a regeneração”, detalha Markus Frank, líder do estudo.

Com a equipe de estudiosos, Frank usou anticorpos para detectar a presença do ABCB5 e ampliar o número de células-tronco límbicas em córneas de doadores humanos. Após a interferência, conseguiran recriar córneas totalmente funcionais em camundongos (veja infográfico). A pesquisa mostrou ainda que a molécula é necessária para a manutenção das LSC, assim como para o desenvolvimento e a reparação da membrana ocular. 

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