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terça-feira, 17 de junho de 2014

Fragilidade óssea faz com que idosos se machuquem com frequência

Especialistas preocupam-se com a fato de as pessoas quebrarem ossos mais de uma vez quando envelhecem, uma condição com influência altíssima nos índices de mortalidade.
 Correio Braziliense
Publicação: 17/06/2014 06:40 Atualização: 17/06/2014 08:36

Belo Horizonte — A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, “em questão de anos”, haverá no planeta mais pessoas que passaram dos 60 anos do que crianças com menos de 5. Consequentemente, a osteoporose, doença que enfraquece os ossos e pode provocar fraturas na terceira idade, passará a ser cada vez mais frequente. E o pior: recorrente. Especialistas preocupam-se com a fato de as pessoas quebrarem ossos mais de uma vez quando envelhecem, uma condição com influência altíssima nos índices de mortalidade.

“O paciente que teve a quebra pela fragilidade óssea, com certeza, vai ter outra e, muito provavelmente, será no fêmur, a mais grave delas. O percentual é macabro. Em torno de 30% dos idosos com fratura morrem até o primeiro ano, não da fratura, mas das complicações que ela geralmente oferece, como embolia e pneumonia”, alerta Jurandir Antunes Filho, ortopedista, cirurgião de quadril e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Segundo Jurandir Filho, 85% das pessoas com fratura de punho ou de vértebra vão ter a de fêmur. E, dentro da população de osteoporose, 16% dos pacientes já sofreram a primeira fratura. “Ou seja, o percentual de refratura é muito alto. Ela ocorre em 65% dos casos nos dois anos seguintes à primeira”, complementa. O fenômeno de repetição do incidente é chamado pelos médicos de cascata fraturária.

Soma-se a esse cenário de fragilidade a falta de abordagens que evite o problema e a repetição dele. O ortopedista da UFJF conta que estudos canadenses indicam que, quando têm um ataque cardíaco, 80% das pessoas saem do hospital medicadas, com a prescrição de algum remédio para o coração. “No caso dos pacientes que dão entrada com fratura por fragilidade óssea, menos de 15% recebem medicação para osteoporose após a alta”, compara.

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