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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Saúde é a pasta que mais recebe críticas da população do DF

Reclamações passaram de 26 mil em 2015. Responsável pela área diz que servidores não tratam as informações como um bem precioso


 postado em 11/01/2016 08:40 - Correio Braziliense

O Hospital Regional do Gama tem falhas no atendimento também por receber muitos pacientes do Entorno
“Quem quiser pode registrar reclamações pelo número 162. A ligação é gratuita.” A frase ganhou, ao longo do tempo, tamanha importância que o governo aprimorou as ferramentas da Ouvidoria — mesmo com medidas ainda insuficientes para atender a demanda dos cidadãos. A Secretaria de Saúde desponta como o órgão da capital federal que mais recebe reclamações. No ano passado, a pasta alcançou 26.125 manifestações — 7,85% menos que em 2014 (28.351). O índice não é indicativo de melhora no serviço. O perfil das denúncias ilustra o cenário de penúria que o brasiliense encontra diariamente na porta dos hospitais públicos. Contudo, o Executivo local enfrenta dificuldades para solucionar as questões. Cerca de 22% das denúncias são respondidas fora do prazo de 20 dias estabelecido pela Lei Distrital de Acesso à Informação nº 4.990/2012. Falta resolver cerca de 1,4 mil.

Segunda-feira é o dia líder em reclamações. O atendimento ruim ambulatoriais e de pronto-socorro despontam como as principais queixas (veja Ranking das reclamações). O Hospital de Base (HBDF) e o Hospital Regional do Gama (HRG) são as unidades que mais recebem críticas — comumente, esses endereços recebem pacientes em busca de atendimentos de pronto-socorro, ortopedia, clínica médica e politraumas. “São especialidades que a população mais procura. No caso do Base, o hospital é referência, por isso, a demanda é alta”, explica a ouvidora-geral da saúde, Denize Bomfim. No recorte, Plano Piloto e Gamas são as regiões administrativas que mais registram reivindicações. As denúncias presenciais aumentaram 233% em dois anos. Passaram de uma média de 18 por mês, em 2014, para cerca de 60 em 2015.

O próprio Executivo local elencou gargalos que sufocam os atendimentos: deficit de servidores, desabastecimento de insumos, ausência de informações gerenciais, entre outros. “Quando ligam, há um descontentamento enorme. Muitas vezes, as orientações poderiam ser dadas no hospital, o que não ocorre. Falta transparência. As informações não são tratadas pelos servidores como um bem precioso. Isso dificulta a solução das demandas no tempo correto”, comenta a ouvidora.

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