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domingo, 24 de janeiro de 2016

Brasileiros mudam hábitos e se adaptam à dispara dos preços no país

O custo de vida, que subiu 10,67% no ano passado, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está pesado para todas as classes sociai.

 postado em 24/01/2016 07:30 - Correio Braziliense

"Queria oferecer as melhores escolas e faculdades para minhas filhas, mas não vou dar conta de pagar tão caro", Marcelo Ramos
O Brasil que voltou ao início dos anos 1990, com inflação de dois dígitos e desemprego em alta, está vendo a fartura virar escassez. Na luta diária contra a carestia, quem mais sofre são os pobres, à mercê de alimentos caros e indispensáveis. Mas o custo de vida, que subiu 10,67% no ano passado, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está pesado para todas as classes sociais e é preciso muito jogo de cintura para driblar os efeitos perversos do aumento desenfreado de preços.

O corretor de imóveis Marcelo Ramos, de 44 anos, conta como a inflação mudou a rotina da família. “Viajávamos com frequência, visitávamos os familiares da minha esposa, em Goiânia, toda semana. Mas, com a alta da gasolina, conseguir manter o padrão seria um luxo”, afirma. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que abastecer o carro ficou 20% mais caro no ano passado.

A família de Marcelo precisou se adaptar. “Vendemos o segundo carro em julho e começamos a utilizar mais transporte público”, diz. O carro que restou é usado só nos fins de semana e, ainda assim, a família gasta mais de R$ 600 por mês com combustível. A filha Ana Luísa Ramos, 19 anos, operadora de telemarketing, compromete R$ 400 mensais nas idas e vindas do trabalho com as tarifas de transporte público, que também subiram.

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