Translate

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Pesquisa indica queda na renda dos moradores do Distrito Federal

A renda domiciliar média chegou a somar 9 salários mínimos em 2004 e caiu para 6 salários em 2013

Mirelle Pinheiro - Correio Braziliense
Publicação: 12/12/2014 15:40 Atualização: 12/12/2014 17:00

A renda domiciliar e per capita do Distrito Federal sofreu redução de 2004 a 2013. Em 2004 a renda domiciliar média era de 9 salários mínimos - em 2013, o número caiu para 6,93. Os dados são da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) realizada pela Codeplan. O relatório final, que compara os dados das 31 regiões administrativas do Distrito Federal, foi divulgado nesta sexta-feira (12/12). A renda média apurada chega a R$ 5.015,04 e a renda per capita R$ 1.489,57.


No Lago Sul, Park Way Sudoeste/Octogonal, Lago Norte, Plano Piloto e Jardim Botânico estão os habitantes com maior poder aquisitivo. A pesquisa relaciona o alto poder de consumo ao acesso à educação e à qualificação profissional. 

Casas são maioria
Em média, cada domicílio no DF tem 3,39 moradores - o total da população são 2.786.684 habitantes. Mais da metade (51,98%) são mulheres. A presença feminina é mais forte  nas regiões de Taguatinga, Núcleo Bandeirante, Guará, Cruzeiro e Riacho Fundo. Quanto ao tipo de moradia, as casas lideram com 73,11%. Em seguida vêm os apartamentos (23,14%). O Sudoeste é a única região que só tem edifícios.

A faixa da população acima de 60 anos de idade é de 14,07%. A maior parte dos moradores, contudo (65,56%) têm entre 15 e 59 anos. Os que têm até 14 anos representam 20,38%. É nas regiões recém-criadas e de baixa renda que está a maior quantidade de crianças, como Estrutural (34,12% dos habitantes) e Varjão (29,24%). Os jovens de 15 a 24 anos estão presentes principalmente no Recanto das Emas (22,81%), SIA (21,72%) e Varjão (21,65%). Já os idosos são mais representativos no Lago Sul (29,28%), e Plano Piloto, (23,69%), regiões mais antigas.

Cor da pele
A cada 100 habitantes do DF, 49 se declararam de cor parda ou mulata. Em seguida vêm 45,02% da cor branca e 5,16%, cor preta. O estudo indica que nas regiões de maior renda, prevaleceram a cor branca - Lago Sul, (80,27%), Sudoeste/Octogonal (73,76%), e Jardim Botânico (66,43%), enquanto nas regiões de menor poder aquisitivo prevaleceu a cor parda/mulata - são os casos de Fercal (70,23%), Paranoá (67,98%) e Varjão (66,13%).

Casamento
No Distrito Federal, as uniões conjugais seguem padrões mais tradicionais. A pesquisa indica que pessoas casadas representam 50,66%. Os moradores dão preferência ao casamento no Civil atrelado ao religioso (23,79%). A religião predominante no DF é a católica com 59,69%, seguida da evangélica (28,82%) e espírita (3,25%).

Migração
Ainda conforme o levantamento, 48,98% dos habitantes são naturais do Distrito Federal. Contudo, os nordestinos ainda são predominantes do que diz respeito à migração. A PDAD aponta que 52,25% são da Região Nordeste e 26,83% da Região Sudeste. O estudo mostra ainda que a população que vem do Sudeste do país está concentrada no Jardim Botânico (52,95%), Lago Sul (47,16%), Sudoeste/Octogonal (46,41%) Plano Piloto (45,23%) e Lago Norte (42,59%).

Os nordestinos migraram para as regiões de menor poder aquisitivo como na Estrutural (69,16%), Varjão (68,40%) e Itapoã (67,40%). Acompanhar parentes e procurar trabalho foram os principais motivos apresentados para a mudança de cidade. Muitas vezes, os migrantes se mudam para a capital para acompanhar os filhos que procuram emprego. O trabalho, inclusive, se destacou como fator determinante da migração para o Distrito Federal - representando o principal motivo para 40 a cada 100 entrevistados.

Educação
Da população total do Distrito Federal, 28,99% são estudantes - desses, a maioria (19,38%) frequenta a escola pública. Quanto ao nível de escolaridade, 29,67% dos moradores informaram ter o ensino fundamental incompleto, enquanto 17,27% têm formação superior, incluindo curso de especialização, mestrado e doutorado. 

Saúde
O levantamento constatou que somente 34,64% da população do Distrito Federal têm plano de saúde. Enquanto isso, 72,37% da população declarou fazer uso da saúde pública. Desse total, 18,52% o fazem em Ceilândia, 15,86%, em Taguatinga e 12,35%, no Plano Piloto. As estatísticas apontam ainda que no DF, 4,14%, dos moradores declaram ser deficientes. Do total de portadores de necessidades especiais, a deficiência visual atingiu 35,45%, seguida pela motora 22,12%.

Nenhum comentário:

Postar um comentário