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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Duas empresas de ônibus encerram greve, após repasse de pagamento

Moradores de 13 regiões administrativas podem voltar para casa com o transporte coletivo

Thiago Soares - Correio Braziliense

Publicação: 08/12/2014 19:07 Atualização: 08/12/2014 20:43
Pelo menos duas empresas de ônibus voltaram a rodar no fim da tarde desta segunda-feira (8/12). A Urbi e a Pioneira fizeram os repasses aos rodoviários e os moradores de 13 regiões administrativas podem voltar para casa com o transporte coletivo. O governo depositou R$ 30 milhões para custear os débitos. Somente a Marechal não conseguiu repassar o dinheiro aos funcionários. A empresa atende áreas como Taguatinga, Park Way, Ceilândia, Guará e Águas Claras ficarão sem o serviço pelo menos até amanhã.

Durante todo o dia, o reflexo da paralisação, foi de paradas de ônibus lotadas, transporte pirata cobrando o dobro das passagens doscoletivos e trânsito congestionado. Desde sexta-feira, os rodoviários da Pioneira, Marechal e Urbi ficaram parados por não terem dinheiro na conta. Além disso, os trabalhadores da cooperativas MSC e Alternativa também mantaram os coletivos nas garagens em virtude da falta do salário deste mês e a primeira parcela do 13º.

Na volta para a casa, o movimento na rodoviária é intenso. As filas estão extensas e o transporte pirata ainda age livremente no terminal. A secretária Daniela Ferreira da Silva, 21 anos, saiu do trabalho no Setor Hospitar Sul e, como nos últimos dias, não viu o ônibus que normalmente pega na W3 Sul. Ela optou então por ir até a Rodoviária para tomar uma lotação até São Sebastião, onde mora. "Quando cheguei aqui (Rodoviária) que vi que tinham voltado. É sempre uma confusão quando tem greve", reclamou. Nos dias de paralisação, Daniela vinha enfrentando sufocos com o transporte pirata. "Além do preço, estava sempre muito cheio, todo mundo ficava apertado e como tenho bronquite asmática, era horrível. Já cheguei até a perder alguns pertences", contou a secretária. %u200B

%u200BCom a greve, além dos problemas com o transporte pirata, é sempre difícil prever e organizar horários. O estudante Sérgio Nazário, 23 anos, mora no Paranoá e todos os dias recorre ao transporte público para ir até a universidade na Asa Sul. "Nos últimos dias, tudo mudou. Precisava sair bem mais cedo de casa, não tinha hora certa e sempre voltava tarde", relatou. %u200BHoje, ele também se supreendeu com a retomada dos serviços. "Sempre imprevisível", concluiu.

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