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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Exposição a produtos químicos presentes no plástico pode reduzir QI

Crianças cujas mães tiveram detectados traços elevados das substâncias químicas apresentam QI mais baixos do que crianças que não foram expostas

Publicação: 10/12/2014 20:23 Atualização: 10/12/2014 20:25

Mulheres grávidas que foram expostas a altos níveis de produtos químicos domésticos comuns encontrados em plásticos, cosméticos e purificadores de ar deram à luz crianças que tiveram a inteligência afetada anos depois, revelou um estudo americano publicado nesta quarta-feira.

Crianças cujas mães tiveram detectados traços elevados das substâncias di-n-butil ftalato (DnBP) e diisobutil ftalato (DiBP) apresentaram uma média de QI aproximadamente seis pontos abaixo daquelas cujas mães tiveram níveis mais baixos de exposição aos compostos químicos.

Com base nos resultados, as pesquisas recomendam que as grávidas limitem a exposição a produtos aromatizados, incluindo aromatizadores de ambiente e lenços amaciantes, evitar aquecer alimentos no micro-ondas dentro de recipientes plásticos e manter distância de plásticos recicláveis classificados com os números 3, 6 ou 7 para reduzir os riscos para os filhos.

"Mulheres grávidas nos Estados Unidos estão expostas ao ftalatos - um grupo de compostos químicos derivados do ácido ftálico - quase diariamente, muitas em níveis similares àqueles que nós achamos estar associados a reduções substanciais no QI das crianças", alertou o principal autor do estudo, Pam Factor-Litvak, doutor e professor associado de Epidemiologia na Escola de Saúde Pública Mailman da Universidade de Columbia, em Nova York.

"Embora exista alguma regulamentação para proibir os ftalatos em brinquedos de crianças pequenas, não há nenhuma legislação sobre a exposição durante a gravidez, que é, provavelmente, o período mais sensível do desenvolvimento cerebral", acrescentou.

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