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quinta-feira, 3 de março de 2016

Saiba como a queda de 3,8% no PIB brasileiro pode afetar a sua vida

Com a piora do cenário econômico, população deve sentir, com intensidade ainda maior, a falta de empregos e a queda no consumo.

 postado em 03/03/2016 15:04 / atualizado em 03/03/2016 15:14

Após o PIB brasileiro registrar uma deflação recorde de 3,8%, a perspectiva é que a economia brasileira fique ainda pior em 2016, como já previam especialistas. De acordo com o professor da Universidade de Brasília (UnB) e mestre em Economia José Carlos Oliveira, o governo erra ao tentar “liderar o crescimento econômico”. Na opinião dele, esses equívocos prejudicam a credibilidade do país, fazendo com que os agentes econômicos deixem de investir. Saiba como esse cenário afeta, na prática, a economia brasileira:
Indústria
A baixa credibilidade apontada pelo professor afasta investidores do país. Assim, falta dinheiro para a abertura de novas indústrias e, algumas vezes, até para manter as já existentes abertas. Com isso, os empresários são obrigados a demitir funcionários. “Se as atividades econômicas diminuem, os empresários podem até segurar os trabalhadores em um primeiro momento. Mas se a economia continua ruim, não tem jeito”, afirma Oliveira. Para piorar, o especialista diz ainda que os produtos brasileiros têm sido preteridos no exterior (apesar da desvalorização do Real), o que provoca uma queda no número de exportações.

Comércio
Com dificuldades econômicas, a indústria pode optar por repassar o prejuízo para seus clientes: o comércio. A falta de credibilidade também prejudica o terceiro setor. “Sem confiança, os agentes econômicos deixam de investir no país. Esses agentes econômicos são investidores, produtores e empresários. E quando falamos de empresários, não falamos apenas dos grandes. Estamos falando de donos de salões de beleza e padarias. Como você vai montar uma padaria sabendo que o setor terciário não está crescendo?”, explica o professor da UnB. A consequência, novamente, são as demissões.

Consumo das famílias
Com o aumento do desemprego há uma refração natural do consumo, afinal as pessoas que perderam o emprego não têm dinheiro e as que ainda estão empregadas têm o receio de gastar, pois temem entrar para a lista de desempregados de uma hora para outra. Se a população deixa de consumir, a indústria e o comércio sofrem com uma queda no faturamento e o ciclo se reinicia.

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