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quinta-feira, 31 de março de 2016

Bloqueio de proteína pode amenizar o Alzheimer, sugerem cientistas

Testes realizados com ratos de laboratórios mostraram que a técnica diminuiu a formação das placas tóxicas que prejudicam os neurônios.

 postado em 31/03/2016 07:39 - Correio Braziliense

O bloqueio de uma proteína pode impedir a formação das placas que se formam no cérebro de pacientes com Alzheimer e, talvez, amenizar os efeitos da doença. É o que sugerem cientistas dos Estados Unidos em um trabalho publicado na edição de hoje da revista Science Translational Medicine. Testes realizados com ratos de laboratórios mostraram que a técnica diminuiu a formação das placas tóxicas que prejudicam os neurônios. Os resultados representam uma nova linha de pesquisa na busca por um tratamento para a condição neurodegenerativa, defende a equipe de estudiosos.

Outras pesquisas mostraram a capacidade do sulfato de heparina de se ligar aos peptídeos beta-amiloides e aumentar a formação nociva no cérebro. Os receptores presentes no neurônio se ligam a essa proteína nociva, permitindo a formação de placas que leva à demência. Esse processo foi reproduzido algumas vezes em testes in vitro, mas os especialistas ainda não haviam reproduzido a patologia dessa estrutura no organismo.

Os pesquisadores da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, adaptaram um modelo de rato que imita a doença de Alzheimer e criaram uma cobaia que tinha propensão a desenvolver a demência, mas não apresentava o sulfato de hepatina nos neurônios. Os animais desenvolveram menos placas beta-amiloide do que as cobaias que, além da doença, tinham a proteína nociva. Os cientistas estimam que o acúmulo tóxico foi três vezes menor nos roedores modificados em laboratório.

Os resultados do experimento são compatíveis com outros trabalhos que investigaram a origem da doença neurodegenerativa. Análises feitas em cérebros de pacientes com Alzheimer mostram que essas pessoas tinham mais receptores de placas beta-amiloide no cérebro do que indivíduos saudáveis, o que poderia ser um fator que levou ao desenvolvimento do quadro de demência. Os pesquisadores a Mayo Clinic trabalham, agora, para encontrar uma forma de bloquear essa proteína no cérebro e impedir a formação das placas nas pessoas propensas a ter a doença.

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