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terça-feira, 26 de maio de 2015

Anticoncepcionais aumentam em quatro vezes risco de trombose, diz estudo

Os pesquisadores também observam que o risco absoluto permanece baixo e que os contraceptivos orais são "extremamente seguros".

 postado em 26/05/2015 21:07
 France Presse

Paris, França - As pílulas anticoncepcionais mais recentes têm um risco aumentado de acidentes devido à trombose venosa (formação de coágulos) - confirmou um estudo publicado nesta quarta-feira na revista especializada The BMJ Today.

Conduzida por pesquisadores britânicos, o novo estudo mostra que as mulheres que tomam contraceptivos orais combinados que contêm drospirenona, desogestrel, gestodeno e ciproterona têm um risco de trombose venosa quadruplicado em relação àquelas que não tomam pílula.
O risco é quase duplicado (1,5 a 1,8 vezes superior) em relação às mulheres que tomam contraceptivos orais de estrogênio mais antigos, que contêm levonorgestrel, noretisterona ou norgestimata. 

Na França, os riscos cardiovasculares das pílulas de nova geração à venda no mercado - também chamadas de pílulas de terceira e quarta geração - foram bastante explorados pela mídia no final de 2012 e início de 2013.

A mediatização e um plano de ação das autoridades sanitárias levaram a uma redução de quase 25% das vendas destes comprimidos em favor das pílulas mais antigas, também chamadas de primeira e segunda geração.

Os pesquisadores da Universidade de Nottingham trabalharam sobre duas grandes bases de dados médicos e traçaram uma relação entre o uso de contraceptivos orais e as tromboses venosas observadas nas mulheres com idades entre 15 e 49 anos.

Foi possível mostrar que o número de tromboses a mais por 10 mil mulheres tratadas por ano foi menor (6 casos relatados) entre aquelas que tomam as pílulas mais velhas em comparação com aquelas (14 casos) que tomam desogestrel e ciproterona (encontrados na pílula Diane, por exemplo).

Mas os pesquisadores também observam que o risco absoluto permanece baixo e que os contraceptivos orais são "extremamente seguros", com um risco de trombose multiplicado por 3 para todas as pílulas combinadas, enquanto uma mulher grávida tem um risco multiplicado por dez.

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