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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Aplicativo criado no DF ajuda dono a encontrar animal de estimação perdido

O trio de inventores desenvolveu espécie de rede social para animais

Correio Braziliense



Daliane com Mike e Mafalda: estripulias dos bichanos na rede e segurança para encontrá-los (Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)
Daliane com Mike e Mafalda: estripulias dos bichanos na rede e segurança para encontrá-los.

No começo da adolescência, o pernambucano Bruno Souza chorou com o sumiço dos dois cachorros da família. Hoje, com 31 anos de vida — 10 deles em Brasília — e uma graduação em engenharia de software, inspirou-se na dor da perda para criar, com dois colegas, um aplicativo para smartphones que funciona como uma rede social de animais de estimação. Completam o trio Marcos Buson, designer de produtos, que também perdeu um cão, e o engenheiro de software Ednaldo Souza, cujo gato fugiu de casa.

Os três resolveram criar um startup — espécie de empresa de tecnologia que luta para se aprimorar como negócio. Até o ano passado, Bruno e Ednaldo trabalhavam com vários produtos para tentar emplacar, como muitos outros brasilienses. No Distrito Federal, existiam 57 startups até outubro do ano passado, todos atrás de inovação para tentar fazer deslanchar a ideia com um empurrão financeiro inicial.

Primeiro, Bruno e Ednaldo foram em busca do sonho. Entre várias iniciativas, criaram o Pinmypet, a tal rede social de bichinhos. A criatividade foi contemplada com um projeto de inovação do Senai, e o trio participou da ação de uma empresa aceleradora norte-americana de startups, que os levou até o Vale do Silício — região nos Estados Unidos famosa por desenvolver ideias tecnológicas inovadoras.

Eles moraram entre abril e agosto de 2013 por lá. Contataram Marcos, o designer, e o chamaram para a sociedade — afinal, no mundo dos aplicativos, o visual é fundamental. Desde então, o programa ganhou cara e forma. A plataforma serve para as pessoas compartilharem fotos e ações dos animais quase que instantaneamente. Notifica, de tempos em tempos, baseado na data de nascimento do bicho que o dono cadastrar, as vacinas necessárias, como a antirrábica.

No site do aplicativo, está à venda a Tag, acessório para colocar na coleira com um código de identificação. Com ela, se o cachorro ou o gato se perder, outra pessoa pode achar, ir ao portal, digitar as letras e números e lá vai estar a foto e o nome do cachorro, com dados do dono. De acordo com Bruno, foram vendidas 300 unidades nas duas semanas de “vida” do produto até agora.

A estudante Daliane Rodrigues, 26 anos, é responsável por um dos cerca de 1,5 mil downloads do aplicativo. Ela compartilha, todos os dias, as estripulias feitas por seu gato de 1 ano e 2 meses, Mike — que sabe abrir as portas de casa para comer e passear —, e a irmã do bichano, Mafalda. Segundo a garota, o aplicativo já funcionou uma vez. “Certo dia, ele saiu de casa e não achei mais. Depois de um tempo, recebi uma notificação. Ele não tinha ido muito longe: meu vizinho o achou debaixo do carro.”

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