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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Taxa de desemprego no DF salta de 18,1% para 18,6% em abril

Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Distrito Federal, regiões mais pobres, como Brazlândia, Ceilândia e São Sebastião, por exemplo, sofrem mais.

 postado em 25/05/2016 11:46 / atualizado em 25/05/2016 14:53 - Correio Braziliense
 Luiz Calcagno

A Companhia de Planejamento do Distrito Federal divulgou, na manhã desta quarta-feira (25/5) a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Distrito Federal. De acordo com o levantamento do órgão, a taxa de brasilienses desempregados mantém uma tendência de crescimento e saltou de 18,1% em março para 18,6% em abril. O contingente de desempregados na capital chegou a 290 mil pessoas no último mês, 8 mil a mais que em março.

Em contrapartida, em abril de 2015, o DF tinha 215 mil desempregados. O número de vagas ocupadas no quarto mês do ano passado era 1,3 milhão. Com a diminuição dos postos de trabalho, esse número caiu para 1,2 milhão em abril último.  Na construção civil, a queda no número de vagas foi de 2 mil, na indústria de transformação, de 3 mil, e, no comércio, a redução foi de 4 mil vagas.

De acordo com a coordenadora da pesquisa, Adalgisa Lara, A taxa de desemprego aumentou, principalmente, pela pressão do mercado de trabalho. “De março para abril, tivemos um aumento de 10 mil pessoas pressionando o mercado. Tivemos um saldo positivo de mil postos, que não foram suficientes para absorver o número de pessoas. Isso provocou um aumento no contingente de desempregados”, destaca.

“Ocorreu, ainda, uma redução de 12 mil postos de pessoas com carteira assinada. É uma fragilidade. Há, ainda, redução considerável no rendimento do trabalhador em todas as esferas. Quem sofre mais com o desemprego no DF são jovens, mulheres e negros. Mas, nos últimos 12 meses, houve um aumento de mais de 60% do desemprego para chefes de família”, explica.  
 
Por cidades 
 
A taxa também demonstrou aumento por grupos de regiões administrativas, exceto no Grupo 1, que engloba o Plano Piloto, Lago Sul e Lago Norte, regiões administrativas de maior poder aquisitivo. O balanço das três cidades teve taxa de desemprego de 7,1% em abril, contra 7,6% em março. Em abril de 2015, no entanto, o valor era de 6,1%

No Grupo 2, que reúne o Gama, Taguatinga, Sobradinho, Planaltina, Núcleo Bandeirante, Guará, Cruzeiro, Candangolândia e Riacho Fundo, a taxa foi de 15,5%, contra 15,4% no mês anterior. Em abril de 2015, o valor era de 11,9%. E o Grupo 3, de RAs de menor aquisitivo, que inclui Brazlândia, Ceilândia, Samambaia, Paranoá, São Sebastião, Santa Maria e Recanto das Emas, teve taxa de desemprego de 22,3% em abril, contra 21,4% em março e 16,9% em abril de 2015.
 
Crescimento anual

No período de 12 meses entre abril do ano passado e deste ano, a taxa de desemprego saltou de 14,1% para 18,6%, um aumento de 4,5 pontos percentuais. De acordo com o levantamento da PEC-DF, isso representa 75 mil pessoas a mais sem emprego na capital federal, resultado da eliminação de 44 mil postos de trabalho e do crescimento da população economicamente ativa da região. 

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