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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Impasse entre servidores e GDF, sobre reajuste salarial, segue sem solução


 postado em 22/09/2016 18:21 / atualizado em 22/09/2016 18:34

O enigma referente ao pagamento da última parcela do reajuste salarial de 32 categorias trabalhistas persiste. Em Comissão Geral, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o Secretário Adjunto de Relações Institucionais e Sociais, Igor Tokarski, declarou, nesta quinta-feira (22/9), que o Executivo receberá representantes sindicais até 16 de outubro, data do fechamento da folha de pagamento dos funcionários, para revelar se terá condições de quitar o débito.
 
“O governo não foge das responsabilidades. Vamos escutar os interessados e tentar atendê-los”, explicou Tokarski. O Secretário alegou, ainda, que os cofres brasilienses precisam de uma injeção monetária. Acrescentou que alguns destes montantes dependem da aprovação de projetos que estão parados no Legislativo local, como o REFIS, que viabilizaria a quitação de débitos de pessoas físicas e jurídicas junto ao Palácio do Buriti.
 
Em resposta, Leandro Allan, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários sugeriu que o encontro entre Sindicatos e Governo ocorra de forma célere, porque a paralisação com indicativo de greve de grande parte dos 32 setores está marcada para 6 de outubro, em frente ao Palácio do Buriti. “Se nenhuma proposta for apresentada, o Distrito Federal vai parar”, revelou.

Os acertos, que variam entre 3% e 5%, foram concedidos durante a gestão de Agnelo Queiroz. Ao assumir o Executivo, em 2015, Rodrigo Rollemberg (PSB) alegou que, devido ao rombo nas contas brasilienses e por estar no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, a quitação do débito seria inviável e estabeleceu como prazo a folha de pagamento de outubro deste ano.
 
Chuva de críticas
Durante a Comissão Geral, associações lamentaram, principalmente, a cisma no diálogo entre o Executivo e funcionários públicos. A gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB) recebeu duras críticas, também, de parlamentares. Bispo Renato Andrade (PR) declarou que o pagamento dos acertos “não é favor, e sim, obrigação”. Acrescentou, ainda, que “o governador, aparentemente, ainda não tomou posse”. Raimundo Ribeiro (PPS) concordou ao declarar que “Rollemberg tem, como característica principal, a lerdeza”.
 
O deputado federal Rôney Nemer (PP-DF) reiterou que o Governo precisa mostrar a que veio. “Ele não teve coragem para se candidatar? Precisa ter, também, para assumir”. Erika Kokay (PT-DF) pediu que o gestor “tenha mais cuidado com as pessoas que ajudam a construir a história da capital federal”, comentou.

Subiram à tribuna, presidida por Ricardo Vale (PT), o Secretário Adjunto de Relações Institucionais e Sociais, Igor Tokarski; o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Leandro Allan; o presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho; o presidente do Sindicato dos Servidores de Administração Direta, Ibrahim Youssef; o presidente da CUT, Rodrigo Britto e a presidente do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (SINPRO/DF), Rosilene Corrêa.
 
Outras reivindicações
Docentes de inúmeras instituições públicas do Distrito Federal reivindicam, ainda, o pagamento de pecúnias de aposentados, o ajuste do auxílio refeição e as nomeações de novos servidores. Integrantes do Sindpen/DF demonstraram preocupação com a reposição dos recursos do Instituto de Previdência dos Servidores. Em outubro do ano passado, o GDF retirou R$ 1,2 bilhão do IPREV para reforçar seu caixa, comprometendo-se a repor os recursos em seis meses.

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