Translate

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Detran tenta fazer motoristas do DF respeitarem escolas na volta às aulas

A campanha deverá servir para melhorar situações como o estacionamento durante as horas de entrada e saída dos alunos.

 postado em 29/01/2015 14:43
 Agência Brasil

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran/DF) iniciou hoje (29), para o ano de 2015, uma campanha educativa com o tema "Volta às Aulas", com a finalidade de orientar os pais, alunos e as escolas sobre os riscos que as crianças correm e as medidas que devem ser tomadas pelos motoristas, “como não fazer retorno sobre a faixa", segundo a chefe do Núcleo de Campanhas Educativas de Trânsito, Karen Lúcia. 

A atuação do Detran diante de uma escola da capital teve a participação de quatro agentes do Departamento e mais seis pessoas que cumprem pena alternativa por infrações de trânsito que cometeram. "É mais uma maneira de reforçar ao cidadão a necessidade de se pensar o trânsito como um órgão onde várias partes precisam fazer sua parte", disse Karen.

Um desses motoristas punidos é o advogado Álvaro Figueiredo, que disse estar ali porque "atropelou um cone" e precisa cumprir 32 horas de serviços como esse para ser liberado da pena. "Esse tipo de ação [do Detran nas escolas] precisa existir e deve continuar existindo. Porque conscientiza os pais e conscientiza também as escolas e os motoristas", disse.

O colégio, na Asa Sul, é o primeiro alvo do Detran este ano. Lá foi distribuído material com panfletos e instruções sobre a campanha e educação no trânsito. Na próxima semana, a campanha irá a outras escolas do Distrito Federal, na terça-feira e na quinta-feira. As escolas ainda não foram definidas, contou a chefe do Núcleo de Campanha.

A campanha deverá servir para melhorar situações como o estacionamento durante as horas de entrada e saída dos alunos e evitar o caos nas proximidades dos colégios: “O pessoal não respeita mesmo, faz o retorno na faixa de pedestre ou para em fila no meio da rua. Nossa preocupação é com os alunos que saem daqui, porque bem na frente da escola existem essas situações", pondera Rosângela Silva, ou Tia Rô, como é chamada pelos pequenos. É Rosângela quem espera as crianças todos os dias para a chegada e a saída deles na escola Maria Auxiliadora, na Asa Sul, em Brasília.

Sua reclamação é logo confirmada quando, enquanto conversava com a Agência Brasil, parou e apontou para a faixa de pedestre, que deveria servir como travessia dos alunos e de pedestres. "Olha ali, o carro retornando bem na faixa, não falei que eles não respeitam? Outro dia quase pegaram um aluno nesse mesmo local", conta, lembrando o caso de motorista que passou sem "dar atenção" para as crianças que saíam da instituição.

O estacionamento da escola parece não comportar a quantidade de carros de pais que vão buscar seus filhos e, por isso, eles justificam que as "paradinhas" são necessárias. É o que diz a empresária de 41 anos e mãe de dois alunos do colégio, de 10 e 3 anos de idade, Andrea Melo: "Vir buscá-los é complicado. Hoje, por exemplo, eu vim mais cedo um pouco para conseguir uma vaga no estacionamento e não ficar esperando no meio da rua. Mas tem dias que não dá",

Andrea vê na campanha uma oportunidade de mostrar às pessoas o quanto deve ser respeitado o espaço onde transitam tantas crianças. Ela chegou do Rio de Janeiro no início do ano e conta que por lá não existem trabalhos educativos como esse. "Além de a situação na frente das escolas ser bem pior por lá, nunca vi uma campanha como essa que está sendo feita aqui. Aprovo muito", declarou.

A atuação do Detran contou com a participação de quatro agentes do departamento e mais seis pessoas designadas para a função como forma de cumprir pena alternativa para infrações que eles próprios cometeram. "É mais uma maneira de reforçar ao cidadão a necessidade de se pensar o trânsito como um órgão onde várias partes precisam fazer sua parte", disse Karen.

Como participante "voluntário" estava o advogado Álvaro Figueiredo. Álvaro conta que está ali porque "atropelou um cone" e precisa cumprir 32 horas de serviços como esse para ser liberado da pena. "Esse tipo de ação [do Detran nas escolas] precisa existir e deve continuar existindo. Porque conscientiza os pais e conscientiza também as escolas e os motoristas", disse.

O colégio na Asa Sul é o primeiro alvo do Detran este ano. Lá foram distribuídos às partes interessadas, material com panfletos e instruções sobre a campanha e educação no trânsito. Na próxima semana ainda serão realizados o mesmo movimento em outras escolas do Distrito Federal, na terça e na quinta-feiras. As escolas ainda não foram definidas, contou a chefe do Núcleo de Campanha.

Temporal causa transtornos em Brasília; previsão é de chuva até domingo

Para esta quinta (29/1) e sexta-feira (30/1), a temperatura deve variar entre 17ºC e 27ºC e a umidade relativa do ar entre 95% a 60%.

 postado em 29/01/2015 08:28 / atualizado em 29/01/2015 13:43
 Mariana Laboissière , Jacqueline Saraiva  - Correio Braziliense
Helicóptero foi acionado para resgate de vítima na EPTG
Três faixas foram interditadas após acidente na EPTG
Outros dois acidentes foram registrados na Estrada Parque Taguatinga (EPTG): No primeiro, na altura da residência oficial do governador, um engavetamento envolvendo ao menos três veículos e uma moto deixou um ferido. Por volta das 9h30, o condutor de um Gol vermelho, Marcos Oliveira, 31 anos, afirmou que o trânsito parou e ele não conseguiu frear, batendo no carro à frente, um Pólo preto. Outro condutor, que vinha atrás em um Pálio, também não conseguiu parar e bateu no Gol. Um motociclista, de cerca de 30 anos, seguia pelo corredor e também não pode desviar: acabou batendo na traseira do Palio. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para um hospital com fratura exposta no membro inferior direito. Três faixas foram interditadas para o socorro da vítima e para a realização da perícia, que chegou às 10h50 ao local.

No segundo, na altura do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), dois carros bateram. Há vítimas no local, mas não foi informado o estado de saúde delas.
Capotagem na altura da 105 Norte
Os motoristas que não evitaram tesourinhas na Asa Norte encontraram os habituais problemas, com congestionamento e alagamentos, além de árvores caídas. Um grande galho impediu a passagem dos carros no estacionamento do Hemocentro. Segundo informações da Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade), uma grande área próximo a Fonte Luminosa está alagada, o que dificulta a passagem de carros pelo local.

Retenções
A chuva forte causou reflexos no trânsito de toda a cidade durante a manhã. Por conta das pistas molhadas, os veículos reduziram a velocidade e vários pontos de retenção atrapalharam a chegada ao centro da capital. Na Estrutural, onde a inversão de faixas já foi desfeita às 9h, por volta das 9h40 o trânsito estava muito intenso no sentido Plano Piloto. Na EPTG, a retenção ocorria desde o centro de Taguatinga, onde a velocidade média era de 21km/h, segundo o aplicativo Waze.

A saída do Recanto das Emas, Samambaia e arredores também foi complicada para quem seguia pela BR-060 e pela EPNB, onde veículos ficaram retidos na altura do Riacho Fundo I. Há congestionamento nas saídas de Valparaíso e de Santa Maria, pela BR-040, onde o trânsito não passa dos 5Km/h. A chegada ao centro da capital também exige paciência. O excesso de carros provoca filas e o tráfego segue com média de 15km/h.

Aeroporto JK
Por conta da chuva, o Aeroporto Internacional de Brasília opera com o auxílio de instrumentos desde às 8h27. Segundo a Inframerica, concessionária que administra o terminal, o procedimento não alterou o fluxo de decolagens e pousos. Todos os voos programados para esta manhã cumprem o horário programado.

Mais água
E se depender da meteorologia, o período chuvoso deve continuar até o fim de semana no Distrito Federal. Segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), além de pancadas de chuva, serão registradas trovoadas em pontos isolados da cidade nesta quinta-feira (29/1). O céu fica de nublado a encoberto.
EPTG no começo da manhã
Para esta sexta-feira (30/1), a tendência é a mesma. A temperatura deve variar entre 17ºC e 27ºC e a umidade relativa do ar entre 95% a 60%. Nesta quarta-feira (28/1), no último temporal registrado no DF, o trânsito ficou complicado, vias ficaram congestionadas e acidentes foram registrados, além dos habituais alagamentos. Os fortes ventos derrubaram árvores e estruturas em estacionamentos da Asa Norte.

Com informações de Thiago Soares

Estudantes da rede pública estão à espera do depósito no cartão material

Com a crise financeira, GDF ainda não sabe de onde tirar o dinheiro para pagar o benefício, que é concedido a pessoas inseridas no Programa Bolsa Família.

 postado em 29/01/2015 06:15 / atualizado em 29/01/2015 07:28
 Manoela Alcântara - Correio Braziliense

Cerca de 250 papelarias estão preparadas
para receber a demanda dos estudantes
credenciados no programa: prejuízo iminente
A menos de um mês para o início das aulas na rede pública de ensino, o governo não tem dinheiro em caixa para depositar a verba do Cartão Material Escolar. Seriam necessários cerca de R$ 30 milhões para conceder o benefício aos cerca de 120 mil alunos assistidos. A Secretaria de Educação do Distrito Federal estuda formas de equacionar o deficit, mas o que resta às famílias, por enquanto, é a dúvida. Quem depende dos R$ 262 para comprar lápis, borracha, mochila, cadernos e, ainda, os produtos exigidos nas listas de materiais vive a incerteza de não ter itens básicos para os estudos — os livros didáticos são assegurados pelo Ministério da Educação, que os distribui gratuitamente às instituições. Além dos beneficiários, a falta de recursos afeta as papelarias conveniadas. Alguns proprietários preveem prejuízo de até 50% nas vendas.

Lançado em 2013 com a intenção de aumentar a autoestima dos estudantes e ajudar pequenas papelarias, o Cartão Material Escolar é pago às pessoas inscritas no Programa Bolsa Família, do governo federal. Há dois anos, a manicure Ana Lúcia Fernandes, 38, recebeu o cartão. No primeiro, ela comprou cadernos, lápis de cor e material para o filho Guilherme, 8. Em 2014, pensou que o dinheiro não sairia. “Ele já estava estudando com os materiais antigos quando saiu o dinheiro, quase em junho. Comprei a mochila que ele queria e sobrou pouco para o resto”, relata a moradora de Samambaia.

Neste ano, ela ainda tem esperanças de que o benefício seja liberado. “Minha filha mais nova, Ana Clara Fernandes, 4, começa a estudar. O gasto será em dobro. Se não sair, não sei como vou fazer. Vou me desdobrar para não deixar meu filho sem o mínimo, mas não poderei comprar tudo da lista, nem ele poderá escolher as coisinhas dele”, lamenta Ana Lúcia. O valor do crédito por aluno, em 2014, correspondeu a um terço do salário mínimo vigente no mês de dezembro do ano anterior, ou seja, R$ 226.

Administrador e engenheiros do DF criam despertador especial para surdos

Além do Wake Up Deaf, a empresa onde eles trabalham desenvolveu um chaveiro que ajuda famílias a monitorarem parentes com deficiência ou idosos.

 postado em 29/01/2015 07:45 / atualizado em 29/01/2015 08:20
 Paloma Batista  - Correio Braziliense

O desenvolvedor de software Pedro Moraes, 29 anos, é surdo e mudo. Desde que começou a trabalhar, precisou enfrentar um problema: acordar cedo. Pode parecer algo corriqueiro, mas não é tão simples para quem tem problemas auditivos e não pode usar despertadores comuns. “Já perdi a hora muitas vezes.” Quando soube da inovadora invenção de um grupo de empresários brasilienses, ele ficou empolgado. O Wake Up Deaf, criado pelo administrador Raul Ribeiro e pelos engenheiros Orlan Almeida e Paul Holdel, da Orpa Electronics, é um despertador feito especialmente para surdos. Na mesma linha do Wake Up Deaf, a empresa desenvolveu um chaveiro que ajuda famílias a monitorarem parentes com deficiência ou idosos. Os dois dispositivos foram lançados no mercado no fim do ano passado.
Pedro (à frente) com Orlan (E) e Raul: despertador para surdos
Segundo Raul, o Wake Up Deaf nasceu da vontade dos criadores de resolver uma necessidade social. O empresário é intérprete de Libras e sempre teve contato com diversas associações de apoio a deficientes. Com a experiência, conheceu pessoas surdas que reclamavam da falta de um despertador específico para quem tem problemas auditivos. Segundo o empresário, já existe um produto para isso no mercado, mas ele custa cerca R$ 300. “Por isso, muitos acabam usando o celular para despertar. No entanto, como a vibração do aparelho é fraca, precisam colocar o telefone embaixo do travesseiro. Isso pode fazer mal à saúde, devido às ondas de rádio que o celular emite.”

A função do aparelho é apenas vibrar, por isso o custo é bem menor que os despertadores para surdos, que precisam também de um relógio embutido. O produto fica em torno de R$ 80. Para configurá-lo, o usuário coloca apenas a hora que deseja acordar no celular. “Naquele horário, o telefone emite um comando por bluetooth para que o Wake Up Deaf vibre”, diz Raul.

A ideia do Click Help também surgiu com um propósito social. De acordo com Orlan, o produto tinha o objetivo, a princípio, de atender o mercado de idosos. Ele conta que os pais moram sozinhos, e o risco de eles passarem mal sem ter a quem recorrer sempre o preocupou. “Com o chaveiro, eles podem acionar ajuda de forma rápida.”

O engenheiro explica que o Click Help mede aproximadamente 5cm x 3cm — tamanho do controle de alarme de um carro — e conta com apenas um botão, que a pessoa pode apertar caso aconteça algum problema. Então, é enviada uma mensagem de texto para cada familiar cadastrado, avisando que o dono do chaveiro precisa de ajuda. Os parentes podem usar o GPS para localizá-lo e até ligar para o dispositivo. O Click Help conta com entrada para dois chips de operadoras diferentes. A bateria dura cerca de um ano.

Quando Raul ficou sabendo da invenção, percebeu que também poderia ser usada por pessoas com deficiência, inspirado na amiga Lourdes Danezy, 55, que tem um filho com síndrome de Down. “Meu filho, Lúcio, tem 19 anos e vai sozinho para a escola. Já aconteceu várias vezes de ele se perder. Com o chaveiro, consigo saber onde ele está a todo momento”, conta a artista plástica. O produto sai em torno de R$ 400 e R$ 500.

Onde encontrar

Investidores ou interessados nos produtos podem acessar www.orpa.com
Telefone: (61) 3222-5915
E-mail: contato@orpa.com

Aviação Civil vai notificar GDF por transporte ruim no aeroporto

Segundo o ministro da Aviação Civil a principal reclamação dos passageiros na capital federal é a (falta de) transporte público.

 postado em 29/01/2015 13:41 / atualizado em 29/01/2015 14:17
 Célia Perrone - Correio Braziliense

O aeroporto de Brasília teve resultados melhores na nova versão do relatório de desempenho operacional dos aeroportos, publicada nesta quinta-feira (29/1) pela Secretaria de Aviação Civil. Mas, segundo o ministro Eliseu Padilha, a principal reclamação dos passageiros na capital federal é (a falta de) transporte público. Ele disse que a primeira providência que tomará é “notificar ao poder responsável para que faça as correções necessárias”. Até a publicação deste texto, o DFTrans e a Secretaria de Estado de Mobilidade ainda não haviam se posicionado.
Ponto de táxi no aeroporto: passageiros insatisfeitos com transporte público para sair ou chegar ao aeroporto
A satisfação dos passageiros nos 15 principais aeroportos brasileiros aumentou no quarto trimestre de 2014. Entre os usuários, 76% consideram os terminais "bons" ou "muito bons". No trimestre anterior, a aprovação era de 74% e em 2013, 68%. A satisfação dos usuários com os aeroportos subiu de 3,84 entre o quarto trimestre de 2013 para 3,94% em igual período de 2014. Os 15 terminais analisados são responsáveis por 95% dos vôos no país . Oito deles já alcançaram a meta da Secretaria de Aviação Civil, estipulada junto com os operadores aeroportuários, de manter essa nota acima de 4. O mais bem avaliado (4,29) é o Aeroporto Internacional de Viracopos,em Campinas, no interior de São Paulo. 

É a primeira vez que um aeroporto privatizado conquista esse patamar. Entre os itens mais bem avaliados de Viracopos, estão o tempo na fila na emigração e no guichê, além da eficiência e cordialidade no atendimento. Os outros seis terminais mais bem avaliados são administrados pela Infraero: Curitiba, Recife, Fortaleza, Santos dumont, Congonhas e Porto Alegre.

A segunda pior avaliação ficou com o aeroporto de Guarulhos, também privatizado, administrado pela GRU Airport, concessionária que é controlada pela Invepar. Segundo o ministro a razão para essa classificação seriam “as obras que estão em andamento nos terminais que operam vôos nacionais.  “A estratégia de concessão de Guarulhos foi começar as obras no terminal internacional e só a partir de agora os passageiros dos terminais 1 e 2 passarão a notar os efeitos de melhora”, explicou. Ele emendou que alguns dos íitens que mais pesam na avaliação geral dos aeroportos são limpeza geral, limpeza dos banheiros e conforto do terminal, assim como preços de produtos em lanchonetes, restaurantes e estacionamento.

Ao todo, 47 indicadores são avaliados na pesquisa, como tempo de espera em filas da aduana e da imigração, limpeza e conforto dos terminais, quantidade de assentos e de banheiros. Desde que a pesquisa começou a ser feita, já foram ouvidos mais de 140 mil passageiros.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Empresários do varejo se preparam para um ano de dificuldades

Para enfrentar a alta dos juros, do IOF e de impostos, comerciantes não efetivam temporários contratados no Natal e retornam à antiga prática de compras consignadas - só pagam ao fornecedor quando vendem a mercadoria.

 postado em 27/01/2015 06:00 / atualizado em 26/01/2015 23:25
 Diego Amorim  - Correio Braziliense

Thaís Peternella
aposta no serviço diferenciado
 para se manter no mercado
Desta vez, o recorrente chororô dos comerciantes faz todo sentido. O cenário desfavorável da economia brasileira tem levado o varejo a se preparar para um período mais complicado do que 2014, quando as vendas podem ter amargado o pior desempenho em 11 anos. A combinação de juros altos acompanhados de inflação e reajustes em impostos e tarifas públicas tende a inibir o consumo das famílias e a obrigar os empresários a se virarem para manter as portas abertas.

As estimativas para 2015 fazem coro às queixas nada animadoras dos lojistas. O encarecimento do custo de vida, incluindo o do crédito, afastará os brasileiros das compras, salvo um movimento completamente contrário ao que o próprio varejo espera. “Estamos colhendo frutos de uma política econômica marcada por improvisos, mudanças de meta e tolerância com a inflação”, elenca o economista Christian Travassos, da Fecomércio do Rio de Janeiro.

Com as vendas em queda e os despesas em alta, os comerciantes — principalmente os pequenos — sofrem para fechar o caixa e não pensar em abandonar o negócio. O primeiro reflexo do ambiente adverso em 2015 pôde ser percebido logo nos primeiros dias de janeiro: a maior parte dos lojistas dispensou os trabalhadores temporários, algo inédito nos últimos anos. Geralmente, o varejo retém, em média, 20% dos empregados convocados para reforçar as equipes durante o Natal.

O nível de emprego no comércio despencou em 2014, com a abertura de 140,8 mil postos de trabalho, quase metade do total registrado no ano anterior. O apetite por novas vagas no setor foi o mais fraco desde o início da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, em 2002. “Acabou o período da bonança. O carro, agora, está descendo a ladeira”, compara o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Fábio Bentes.

Este ano, confirmado o menor volume de vendas, os lojistas planejam contratar menos. Bentes acredita, inclusive, que quem precisar de novos funcionários oferecerá salários menores, tornando a remuneração mais atrelada ao pagamento de comissões. Desde 2009, o faturamento cresce em ritmo menor do que o custo trabalhista dos lojistas. “Para amenizar essa diferença, espera-se uma maior flexibilização do salário com futuros empregados”, reforça o economista.

Ciência aposta na mudança na composição das pastas de dente contra cáries

Medidas biotecnológicas e mudanças na composição das pastas de dente estão entre as alternativas mais recentes para prevenir a principal doença bucal do mundo.

 postado em 27/01/2015 06:02 / atualizado em 26/01/2015 21:33
 Vilhena Soares  Correio Braziliense

A cárie é o segundo problema de saúde mais comum no mundo. Segundo especialistas, só perde para a gripe. Estimativas indicam que a incidência da doença bucal varia de 50% a 99% dos integrantes na maioria das comunidades. Saídas para evitá-la, portanto, são bem-vindas. E desafiam cada vez mais cientistas de instituições brasileiras. Soluções tecnológicas e mudanças na escovação surgem como opções preventivas. Algumas ainda não saíram dos laboratórios. Outras partiram com sucesso para a aplicação clínica.
É o caso de uma técnica criada em pesquisa liderada por Paulo Frazão, dentista e professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Trata-se da escovação vestíbulo-lingual, que consiste em escovar os dentes de crianças de 2 a 7 anos com mais cuidado nas partes vulneráveis às lesões. “Com o método, o auxiliar de saúde concentra-se nos molares permanentes, que estão se desenvolvendo”, explica Frazão. A adoção da prática em municípios paulistas resultou em reduções nos casos da doença e ganhou repercussão em revistas científicas internacionais.
A selagem também se apresenta como alternativa aos dentes mais delicados. Sobre eles, coloca-se uma espécie de filme plástico. Desse modo, a comida pode ser retirada com mais facilidade, evitando o acúmulo de bactérias. O procedimento também é indicado para as crianças. “Considero uma medida interessante e benéfica, mas só pode ser adotada se recomendada pelo dentista”, destaca Frazão.

Outra solução simples são os cremes dentais da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Um deles, já à venda, tem trimetafosfato de sódio — substância que potencializa a ação preventiva e agride menos os dentes — e teor menor de flúor, evitando as manchas esbranquiçadas causadas pelo uso excessivo do composto. “É perigoso para uma criança engolir as pastas de dente convencionais. Elas têm entre 1.100 e 1.500ppm (partes por milhão) de flúor, uma quantidade excessiva para quem está aprendendo a escovar”, diz Alberto Carlos Botazzo Delbem, responsável pelo estudo. A pasta criada por eles tem a metade desse flúor.

O segundo projeto da equipe consiste em uma pasta dental com fosfato, substância que também ajuda no controle da cárie. “Essa ainda está em teste, mas o objetivo é fazer com que também seja comercializada. Acreditamos que dará uma proteção maior na hora da escovação”, diz Delbem.

No campo das soluções biotecnológicas, o alvo é o açúcar, um grande vilão dos dentes. Cientistas buscam modificar a composição do produto para que ele se torne menos prejudicial. Projeto nessa linha ainda são bastante experimentais. Por isso, há quem aposte em atalhos, como o desenvolvimento de alimentos que reduzam a possibilidade de surgimento de cáries.

Meteorologia prevê chuva no Distrito Federal nesta terça-feira

O tempo fica de nublado a encoberto, com trovoadas isoladas. A temperatura mínima registrada foi de 17ºC na madrugada. A máxima, deve atingir 28ºC.

 postado em 27/01/2015 08:10 / atualizado em 27/01/2015 08:15 Correio Braziliense

Nesta terça-feira (27/1), deve chover em áreas isoladas do Distrito Federal. A previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O tempo fica de nublado a encoberto, com trovoadas isoladas. A temperatura mínima registrada foi de 17ºC na madrugada. A máxima, deve atingir 28ºC.

Para quarta-feira (28/1), a tendência é a mesma, com céu de nublado a encoberto, pancadas de chuva e trovoadas. A temperatura varia entre 17ºC e 28ºC e a umidade relativa do ar entre 95% e 40%.

Acordo de cooperação entre a União e o GDF deve durar seis meses

Acordo de cooperação técnica assinado ontem pelo ministro da Saúde e pelo governador Rodrigo Rollemberg permitirá o envio de força-tarefa federal a fim de ajudar o setor no Distrito Federal.

 postado em 27/01/2015 06:46 / atualizado em 27/01/2015 07:37

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, firmaram ontem um acordo de cooperação técnica que permitirá ao GDF receber servidores da pasta federal para auxiliarem na gestão da crise na saúde pública da capital. A parceria foi um pedido pessoal de Rollemberg a Chioro, e prevê trabalho conjunto para a análise do modelo assistencial do DF. Entre as prioridades diagnosticadas, o grupo deverá se concentrar em cinco áreas estratégicas: gestão de recursos humanos da secretaria; reconstrução do modelo assistencial; planejamento, orçamento e financiamento administrativo; assistência farmacêutica; e vigilância em saúde, em especial no combate à dengue e à febre chikungunya. A cooperação deve durar 180 dias.
O ministro da Saúde e o governador
firmaram ontem o termo: grupo se concentrará em cinco áreas
O termo não prevê a transferência de competências ou de responsabilidades do GDF ao governo federal, assim como não permite o envio de recursos financeiros da União ao DF. “O acordo visa qualificar a gestão da saúde por meio da reunião de esforços entre servidores do ministério e da secretaria, que farão uma ampla revisão de procedimentos para tirar a saúde do DF da atual situação. Seremos parceiros e coordenados pelas diretrizes estabelecidas pela Secretaria de Saúde. Ajudaremos no diagnóstico, mas caberá ao GDF adotar as decisões que lhe couberem”, explicou Chioro.

A equipe de servidores do Ministério da Saúde que fará parte da força-tarefa ainda não foi definida e está sendo recrutada. Preliminarmente, no entanto, Chioro estima que dois ou três servidores serão designados para cada uma das cinco áreas definidas como prioritárias. Entre as atribuições, a pasta federal poderá sugerir redimensionamento de recursos humanos, revisão da regulação de acesso a consultas ambulatoriais, exames e leitos de internação hospitalar. Na parte administrativa, deverá ser reorganizado o sistema de planejamento, orçamento e financiamento da saúde, inclusive com desenvolvimento de mecanismos de descentralização administrativa, orçamentária e financeira. Informações sobre processos de aquisição de materiais e medicamentos, controle de estoque e distribuição, e terceirização logística também serão repassadas ao ministério. Rollemberg classificou a medida como indispensável para a normalização dos serviços em saúde. 

Polícia apresenta trio preso no DF por tráfico interestadual de drogas

Eles foram presos com 30 Kg de maconha, como noticiou o Correio nesta segunda-feira (26/1). A Polícia Civil apresenta os acusados nesta manhã.

 postado em 27/01/2015 09:09 / atualizado em 27/01/2015 09:18

A Polícia Civil apresenta na manhã desta terça-feira (27/1) três pessoas que foram presas na BR-060 por tráfico interestadual de drogas, encontradas com 30 kg de maconha. Trata-se de Jeferson Alves Ribeiro, 23 anos; André de Sousa Santos, 33 anos; e Genísia Magalhães Rodrigues, 26 anos. 
Drogas apreendidas pela PCDF
A prisão do trio aconteceu nesta segunda-feira (26/1), como noticiou o Correio. Eles tentavam ingressar no DF a bordo de um Astra. As drogas e o carro foram apreendidos. A ação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
Astra usado pelo trio para entrar no DF
O delegado da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), Rodrigo Bonach, concede entrevista coletiva nesta manhã para falar sobre o caso.

A 4 dias do fim do prazo, mais de 70% não indicaram créditos do Nota Legal

A maioria dos 240.489 contribuintes que fizeram a opção de tributo preferiu abater no IPVA.

 postado em 27/01/2015 08:07 / atualizado em 27/01/2015 08:08
 Flávia Maia

A quatro dias do prazo final para a indicação dos créditos do Nota Legal, apenas 27,9% dos contribuintes escolheram a destinação do valor acumulado durante o ano de 2014. Dos R$ 207,46 milhões disponíveis pelo programa, apenas 24% foi resgatado, cerca de R$ 49,8 milhões. Dessa forma, os mais de 600 mil consumidores que ainda não fizeram a indicação devem encontrar nos próximos dias congestionamentos na página eletrônica. O site do programa suporta até 14 mil acessos simultâneos.

Segundo informações da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal, a maioria dos 240.489 contribuintes que fizeram a opção de tributo preferiu abater no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), um total de R$ 40,3 milhões em descontos. Para o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial e Urbana (IPTU), foram R$ 9,5 milhões em indicações. Quem não conseguir indicar no prazo determinado pela pasta pode resgatar o crédito no ano que vem, uma vez que eles voltam para a base de dados e valem por dois anos. Os contribuintes que não têm imóveis nem veículos registrados em seus nomes poderão pedir, durante o mês de junho, o saldo disponível em dinheiro.

A Secretaria de Fazenda aguarda o término das indicações para processar os carnês de IPVA e IPTU com os descontos e mandar para os endereços dos contribuintes. A expectativa da pasta é de que os boletos sejam enviados a partir da segunda quinzena de fevereiro. Os vencimentos do IPVA começam em março, um mês de antecedência em relação ao ano passado. O GDF estima arrecadar R$ 1,4 bilhão por meio do IPVA e do IPTU de 2015. De acordo com o Executivo, os impostos não sofrerão aumento este ano – o IPTU terá correção da inflação, de 6,33%, e o IPVA cairá até 2% por causa da desvalorização do veículo usado.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Carreta da Saúde promove ação contra a hanseníase no Distrito Federal

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa e transmitida de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para uma pessoa saudável suscetível.

 postado em 26/01/2015 15:31
 Agência Brasil

A Carreta da Saúde deu início hoje (26) a uma ação de prevenção e controle da hanseníase no Distrito Federal. O caminhão tem consultórios e laboratório para diagnóstico da doença. O atendimento gratuito é na Rodoviária do Plano Piloto e vai até a próxima sexta-feira.

De acordo com a dermatologista Diva Previtera, os sinais de maior atenção no caso de suspeita de hanseníase são manchas de tonalidades diversas – mais claras que o tom da pele ou avermelhadas – e com alteração de sensibilidade (a maioria fica dormente, mas pode haver formigamento no local).

A especialista lembrou que o Brasil ocupa a segunda colocação no ranking de casos da doença, perdendo apenas para a Índia. “É uma doença que está logo ali. Ela existe, mas, muitas vezes, o paciente não sente nada. Qualquer pessoa pode ter hanseníase”, disse. Diva destacou que a doença atinge a pele e nervos superficiais e, por isso, exige urgência no diagnóstico.

A presidenta do Grupo de Apoio às Mulheres Atingidas pela Hanseníase, Marly Araújo, participa da Carreta da Saúde e sabe bem o que a demora no diagnóstico de hanseníase pode causar. Ela começou a sentir os sintomas da doença em 1993. Chegou a ser aposentada sob suspeita de lesão por esforço repetitivo (LER) e, apenas em 2000, soube que tinha hanseníase.

“Falta informação. Falta muita informação. Para a população em geral e para os profissionais de saúde”, disse. “Passei sete anos tratando a doença como LER e ninguém sabia que era hanseníase. Hoje, estou curada, mas mantenho um quadro inflamatório como sequela e que me causa muita dor”, explicou.

Conceição Aparecida dos Santos, 54 anos, estava entre os primeiros na fila para se consultar na Carreta da Saúde. Uma mancha na perna que apareceu há cerca de dois anos preocupa a dona de casa. “Não sinto nada, mas fico com medo. Meu esposo me avisou e vim me consultar. Tinha ouvido falar em hanseníase, mas não sabia de todos os detalhes”, disse.

Dados do Ministério da Saúde revelam que, em 2013, o Brasil registrou 31.044 novos casos de hanseníase. No ano passado, dados preliminares apontam que mais 24.612 doentes foram identificados no país. As áreas de maior risco estão em Mato Grosso, no Pará, Maranhão, em Rondônia, no Tocantins e em Goiás.

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa e transmitida de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para uma pessoa saudável suscetível. Ela tem cura, mas pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento não for feito adequadamente.

A orientação é que as pessoas procurem o serviço de saúde assim que perceberem o aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se ela apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. Após iniciado o tratamento, o paciente para de transmitir a doença quase que imediatamente.

Cem mil estudantes das escolas particulares voltam às aulas nesta segunda

A retomada dos estudos será gradativa. Há escolas que abrirão amanhã, outras na quarta-feira ou na semana que vem.

 postado em 26/01/2015 06:00 / atualizado em 26/01/2015 07:57
 Manoela Alcântara

Ana Luísa Delduque, 10 anos, conta com o apoio dos pais, Danielle e Jônathas, para enfrentar o 6º ano do ensino fundamental
O planejamento começou no ano passado. Troca de uniforme, mochila da moda, caneta, compra de livros e apostilas. Tudo para iniciar o ano letivo. Depois das férias, o retorno à escola não envolve somente a ansiedade de encontrar os colegas e de saber quais serão os próximos professores. É tempo de mudança. Toda fase avançada gera também uma expectativa, tanto no aumento no número de matérias quanto na cobrança de um desempenho cada vez melhor para alcançar o sucesso. Hoje, cerca de 100 mil estudantes dos ensinos fundamental e médio de colégios privados do DF darão início às aulas.

Muitos deles com desafios como encarar a vida adulta após a última fase da educação básica. Outros terão a tarefa de se acostumar com currículo e rotina diferentes. Ana Luísa Ayres Delduque, 10 anos, por exemplo, tinha quatro professores no ano passado. Com o avanço do ensino fundamental 1 para o 2, ela passará a ter aulas com 28 docentes. Longe de ter medo, ela mantém a empolgação nos olhos atentos e nos detalhes sobre as novidades. Conta para os pais, Danielle e Jônathas Delduque, ambos de 39 anos, onde será a aula de inglês e com qual amiga estudará. Descreve como foram as aulas experimentais, de adaptação à nova rotina no Galois, colégio em que estuda desde o 1º ano. “Vou chegar mais cedo para pegar um lugar na frente. Comprei também um fichário para anotar tudo”, diz Ana Luísa.

A independência e o amadurecimento para a nova fase não mexe somente com as crianças. O gosto pela leitura e pela matemática sempre foi estimulado pelos pais. Eles acompanham cada tarefa e são os alicerces de Luísa com as dúvidas. Com o início do ano letivo, a mudança não é só na cabeça e na rotina dos estudantes, mas de toda a família. “Agora, ela vai almoçar três vezes na semana fora de casa para entrar no inglês às 14h. Vai ser um desafio para mim, pois somos muito ligadas. Sei que, a partir de agora, ela precisa trilhar alguns caminhos sozinha, mas ainda é complicado”, explica a mãe.